Por Ariane Ferreira - Campeão de duplas masculina e mistas do Australian Open, o mineiro Bruno Soares chegou à São Paulo com suas duas taças e atendeu à imprensa para falar da conquista e dos planos que ele e o companheiro, Jamie Murray, têm para a temporada.
Foto: Marcelo Zambrana
Soares falou muito de Jogos Olímpicos, dos planos de disputar o torneio ao lado do amigo de infância Marcelo Melo e também da possibilidade de disputar as duplas mistas ao lado de Teliana Pereira ou outra brasileira que venha a ser classificada.
"Tem que ver quem é que vai jogar. Não sou eu que escolho. Se me escolherem eu estou pronto. Tenho a experiência nas duplas mistas, mas quem jogar (o país) estará bem representado. Talvez a Bia (Haddad Maia) ou a Paulinha (Gonçalves) alcancem ranking até lá e aí a gente vai ver", declarou o mineiro.
Sobre a parceria com Marcelo Melo, o número um do mundo nas duplas, durante o ano Bruno voltou a destacar o que o amigo também diz "Pra gente os Jogos Olímpicos são prioridade", ressaltou Bruno.
Entretanto, o mineiro não confirmou se jogará a disputa do Rio Open ou mesmo o Brasil Open ao lado de Melo. Os dois tenistas estão aguardando decisão de seus parcerios habituais do circuito, o croata Ivan Dodig tem interesse de jogar no Brasil, mas ainda não decidiu se fará a viagem, já que a dupla ainda precisa defender os 500 pontos do ATP de Acapulco, no México, que começa na semana posterior ao torneio de São Paulo.
"O Jamie tem a Copa Davis (primeira rodada do Grupo Mundial em março) e ainda está analisando se virá. Até o final de semana teremos isso decidido", garantiu Soares.
Questionado se é mais difícil vencer um Grand Slam ou o torneio Olímpico, o campeão do Australian Open declarou: "Grand Slam é mais difícil, o que há de melhor está lá. São as duplas oficiais as que estão mais preparadas. Nas Olimpíadas é um pouco imprevisível. Com sorte você pode pegar uma chave mais acessível", pontuou relembrando que a chave nos Jogos de Londres de 2012, que para ele e Melo foi "mais difícil" e caíram nas quartas de final do torneio para os franceses Jo-Wilfried Tsonga e Michael Llodra, que ficaram com a prata.
Parceria com Murray e luta pelo número um
Após disputar três torneios no ano, tendo alcançado semifinal em Doha, no Qatar, o título em Sydney e no Australian Open, a parceria com Jamie Murray tem tudo para "conquistar muitas coisas", ressaltou Bruno.
"O inicio do ano foi melhor do que a gente esperava. Lógico que quando você fecha uma parceria nova você acredita que com ela você vai conquistar mais coisas. Nós mostramos que estamos aí para brigar e tentar vencer ainda mais", pontuou.
Com o título em Melbourne, o parceiro de Bruno Soares, Jamie Murray, está como número dois do mundo a pouco mais de 700 pontos de diferença entre os dois focado em alcançar o número com ajuda de Bruno.
"Eu tenho que fazer minha parte (risos). O Jamie tem que fazer a parte dele também. Mas eu sei que se o Marcelo fizer a parte dele não perderá o número um, então estou tranquilo", brincou o mineiro que pode ajudar o parceiro a derrubar o amigo de infância do posto de líder do ranking de duplas.
O mineiro revelou que se colocou como meta voltar ao top 5 até o fim deste ano. Após recuperar 12 postos depois do título em Melbourne e de voltar ao top 10 após mais de um ano, Bruno já sonha alto: "Já vamos brigar pelo número um. Eu tenho minha meta, o Jamie a dele e a gente vai buscar. Mostramos que é possível".