O atual presidente da ATP, Chris Kermode, concedeu entrevista à BBC, e falou sobre o presente e futuro da associação. Além de revelar os bons números e frutos, que o circuito tem dado tanto em audiência como economicamente.
Kermode disse ter preparado um plano para elevar e chamar mais atenção ao circuito, nos próximos cinco anos: “Vamos dar início à um processo de 2016, de longo prazo, abordando vários pontos da ATP. Podemos oferecer um melhor serviço aos jogadores e aos torneios? Podemos fazer melhores campanhas de marketing, promoções e uso das redes sociais? Vamos nos focar em como nos conectamos com o público, nossa cobertura televisiva, nossa estrutura geral. Também vamos checar quantos torneios temos de ter no calendário, vai ser um trabalho importante”, afirmou o presidente.
Para Chris, existem cinco pilares que sustentam o tênis: os jogadores, os torneios, os torcedores, os patrocinadores e os meios de comunicação. Este plano já vem dando resultados, no ATP Finals deste ano, cerca de 263 mil pessoas foram assistir aos oito melhores do mundo jogando entre si, dando ao evento cerca de 15 a 20% da renda anual de venda de ingressos da ATP. A nível global, a audiência durante a temporada de 2015 da ATP bateu o recorde, chegando a 4,5 milhões de pessoas ao redor do mundo.
“Ainda que outras cidades ofereçam mais dinheiro, não proporcionam o mesmo que a arena O2 de Londres atualmente. Temos feito um evento de entretenimento, tanto quando um evento esportivo, o diferenciando por exemplo, de Wimbledon”, disse Kermode.
O investimento cresceu tanto na ATP, que nos últimos seis meses se firmaram acordos que proporcionaram mais de 160 milhões de dólares nos próximos cinco anos. O principal, é o acordo com a empresa de linhas aéreas, Emirates, que substituirá a marca de cerveja Corona, como patrocinadora do circuito da ATP, e proporcionará 50 milhões de dólares deste valor total.
Outro acordo que chama atenção é com a empresa de estatísticas, Infosys, e Kermode falou sobre isso: “Nos Estados Unidos as estatísticas esportivas são de grande interesse, na Europa menos, historicamente. Mas muito jovens estão se interessando por isso, pelas estatísticas dos jogadores, e é uma área que queremos focar. Quanto mais conhecimento adquirirmos sobre o nosso esporte, será melhor ainda para os que o acompanham”, completou.
Finalizando, o presidente que tentará sua reeleição em 2017, comentou com discurso otimista, sobre o dia em que os quatro grandes tenistas da atualidade se aposentarem, o quanto isso impactaria no esporte: “Realmente, não estou preocupado com isso, é como quando tivemos a era de Borg e McEnroe, e que quando se aposentaram, chegaram Becker, Agassi e Edberg. Hoje ainda, há um grande contraste de estilos, e uma boa distribuição geográfica da nacionalidade dos jogadores”.