Em seus últimos anos da carreira, Roger Federer não coloca de lado sua participação na Olimpíada do Rio de Janeiro em 2016 e revelou que só permanece jogando a Copa Davis pois é obrigado para ter vaga na competição carioca.
De acordo com o suíço, para ele o ideal ter sido a aposentadoria da Davis após o inédito título do país contra a França, em Lille, ano passado: "Não vejo esse duelo como conclusão. Em um cenário ideal deveria ter parado depois de Lille, mas sabia que não poderia por conta da Olimpíada. Pode ser que continue a jogar, mas ano que vem será difícil. E nunca se sabe no fim de 2016 e 2017", apontou.
Para Federer jogar a Olimpíada, precisa estar apto para a Copa Davis em pelo menos duas convocações no ciclo olímpico, uma delas em 2015 ou 2016.
"Continua sendo um fardo essas questões de jogar ou não a Copa Davis, é algo ruim na minha carreira e entendo que preciso dar respostas. Mas nunca se sabe onde vamos jogar, o Marin Cilic teria que ir ao Brasil, o Nadal pra Dinamarca, e nós para Genebra, tivemos sorte dessa vez. A Copa Davis faz tudo ser incerto e é difícil essa incerteza", continuou: "Gosto do trabalho organizado, presto atenção para minha saúde. Sou flexível, mas é difícil jogar a Copa Davis e ser o número 1, ganhar Grand Slams e Masters 1000. E daí te criticam se você perde a final de Dubai".
O suíço ressaltou as boas memórias pela conquista ano passado: "Sempre foi um objetivo ganhar a Copa Davis e agora tem o desejo de ganhar de novo. Ano passado foi mais especial pelos problemas nas costas, foi tudo muito intenso, não joguei a final do ATP Finals onde nem poderia correr. A atmosfera na equipe como Stan, Marco (Chiudinelli), Severin (Luthi), Michi e o staff foi incrível e por ser fora de casa crescemos como um time".
Roger destacou o favoritismo do país diante dos holandeses em Genebra: "Estamos confiantes porque temos o Stan na equipe. Somos o mesmo time do ano passado, um time vencedor. Por esse propósito jogamos numa arena que vencemos a semi e quartas. Por isso somos os claros favoritos", disse Federer em entrevista ao jornal Blick antes do confronto contra a Holanda, a partir de sexta-feira.