Swiatek sobre difícil sistema antidoping: 'Há muita pressão. Causa ansiedade'

Iga Swiatek, número dois do mundo, concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira antes de sua estreia no WTA 1000 de Madri, na Espanha, onde estreia nesta quinta-feira. Crédito: Jimmie 48 Photography/WTA

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A tenista comentou sobre a questão do sistema antidoping onde chegou a ser suspensa no final do ano passado e ficou alguns torneios fora: "Sinceramente, depois de alguns anos, você pensa nisso o tempo todo. Dá um pouco de ansiedade. Não estou falando só de mim, porque já me acostumei com o sistema, passei pelo pior e consegui me recuperar, o que me faz sentir que nada pode me parar. Também estou falando dos outros jogadores: não é fácil; o sistema todo é muito difícil. Eu não tinha muito controle sobre o que acontecia comigo, e consigo imaginar outros jogadores sentindo esse medo de que isso pudesse acontecer com eles. Às vezes é difícil acompanhar toda a questão de informar seu paradeiro e o que você precisa fazer em nível de sistema. Todos os dias, enquanto viajamos, temos que dizer literalmente onde estamos. Se esquecermos, podemos ter um 'no show', e com três faltas você recebe uma penalidade. Há muita pressão nisso, e não é fácil de lidar, mas é o que é."

A jogadora lembrou sua vitória inédita ano passado em final épica contra Aryna Sabalenka: "Sinceramente, às vezes penso nela, mas não especificamente, porque, sim, foi uma grande partida. Eu não conseguia acreditar que tinha vencido uma partida como aquela. Não existem muitas partidas daquele nível. Às vezes, as finais são piores que as quartas de final ou as semifinais porque as jogadoras chegam um pouco cansadas, mas Aryna e eu fizemos um ótimo show e eu adorei. Foi uma grande partida para os fãs. Estou vindo para cá me sentindo bem nos treinos, mas vamos ver como as partidas vão."

Sobre uma revanche contra Alexandra Eala, a qual perdeu em Miami, ela comentou: "Sinceramente, não joguei contra Alexandra muitas vezes, então é difícil dizer. Nós duas vamos adaptar nosso tênis ao saibro. Hoje vou falar sobre tática com o Wim (Fisette), mas não vou dar previsões; não sou mágico (risos). Sinto que conheço muito bem este lugar, então tentarei usar minha experiência, mas experiência não importa, então tenho que encarar esta partida como qualquer outra, independentemente do que aconteça em Miami."

A jogadora comentou sobre um torcedor que a perseguiu e insultou durante o torneio de Miami: "Sinceramente, com tudo o que aconteceu, não só comigo, mas com outras jogadoras, a WTA reagiu rapidamente e nos ajudou imediatamente, então estou confiante nisso. Muitas coisas malucas podem acontecer, nunca se sabe o quê. Não sei qual é o procedimento para verificar quem pode ou não entrar no local, não é algo que eu conheça, mas, com base na reação da WTA e no que eles sempre dizem sobre nos proteger, espero que tudo continue igual."