O sérvio Novak Djokovic compareceu a sala de entrevistas coletivas do Australian Open pouco após abandonar a disputa de semifinal do torneio diante do alemão Alexander Zverev. Djokovic relatou estar com uma ruptura muscular e dor insuportável.
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Bem, eu não batia na bola desde a partida contra Alcaraz, então até uma hora antes da partida de hoje", iniciou ele aos jornalistas contando que desde a partida de quartas de final não jogou e que realmente não treinou e apenas teve contato com raquete e bola no aquecimento para a semifinal.
"Então, sim, eu fiz tudo que pude para basicamente controlar a ruptura muscular que eu tive, com medicamentos e eu acho que a cinta (de proteção) e o trabalho de fisioterapia ajudaram até certo ponto hoje, mas perto do final daquele primeiro set, eu comecei a sentir mais e mais dor e era demais para eu lidar naquele momento. É um final infeliz, mas eu tentei", declarou ele.
Ao ser questionado se seguiria em quadra caso vencesse o primeiro set, ele pontuou: "Eu não sei. Provavelmente sim, eu tentaria por mais um set, mais um set e meio... eu não sei. A dor só estava piorando e aumentando mesmo. Mesmo que eu ganhasse o primeiro set seria uma grande batalha pra mim, eu não acho que tinha tanque (reserva física) para encarar grandes rallies contra ele por mais, não sei 2h ou 3h de jogo".
Apesar da desistência e da lesão, Djokovic se viu melhor no Australian Open 2025 que nos meses prévios: "Joguei melhor neste torneio do que nos últimos 12 meses. Se estivesse saudável teria gostado das minhas chances hoje. Nunca teria sido fácil, mas penso que teria chances. Eu estava batendo muito bem na bola. Considerando as circunstâncias, semifinal é um bom resultado, mas não me satisfaz, não quando venho a um Grand Slam”.
Djokovic não quis confirmar se voltará a jogar em Melbourne, mas pretende: "Não sei se foi o meu último Australian Open. É possível que sim. Não sei se voltarei. Vamos ver como corre a temporada, como as coisas acontecem em termos de calendário. Mas se eu estiver motivado e em boa forma (física), não vejo razões para não vir”.