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Meligeni faz reflexão do 'Efeito Fonseca' para o tênis brasileiro

Sábado, 11 de janeiro 2025 às 13:22:36 AMT

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Tênis Profissional

Fernando Meligeni, semifinalista de Roland Garros em 1999, ex-top 25, comentou a notícia dada pela ESPN do super aumento de buscas e atenção para João Fonseca que furou o quali do Australian Open e encara o top 10, Andrey Rublev.



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Fininho, como é chamado, lembrou de sua época como jogador quando era o melhor do Brasil e tudo mudou com a subida de Gustavo Kuerten que foi campeão de Roland Garros em 1997. O ex-tenista conta que buscou se reinventar: "Não é a primeira e, provavelmente, não será a última vez que isso acontecerá.

Vivi isso na pele e, na época, entendi a situação e tentei me reinventar.

Quando era número 1 do Brasil e um certo alguém, haha, Gustavo Kuerten, apareceu como uma flecha e ganhou Roland Garros em 1997, as pessoas – TODAS – se voltaram para os resultados e tudo o que o Guga fazia. De ser a pessoa que dava entrevistas, falava sobre tênis no Brasil, virei no dia seguinte o “parceiro do Guga”. – O que você acha do Guga? É legal jogar com ele?

Um trabalho enorme é necessário. É preciso entender o mercado, a imprensa, os fãs. Rapidamente, percebi que lutar contra isso seria burrice. A melhor estratégia era ajudar, compartilhar e dividir com ele. No entanto, precisava ter uma abordagem diferente: mais exposta ao público, mais próxima das pessoas, mais perto da mídia.

Foi o que fiz, e acredito que isso me motivou e me manteve forte no cenário."

Meligeni comentou que no caso de Fonseca teremos uma grande oportunidade de mudar a cara do tênis brasileiro.

"Falo isso refletindo sobre esses últimos meses e a provável enxurrada de entrevistas, patrocínios e atenção do público ao Fonseca. E os outros ? E a Bia ? E as meninas ? E a galera da dupla ?

Quem sou eu para dizer o que as pessoas devem ou não fazer, mas precisamos ter respeito e ser justos com o Monteiro, o Wild, a Bia. Não é necessário repetir o que tem sido feito no Brasil. Para gostar de um, não precisamos dar as costas ou criticar o outro. Devemos agregar. Cada atleta tem suas características. Mas ser top 20, top 50 e top 80 é um feito gigantesco.

Quanto mais tenistas tivermos, mais nosso tênis crescerá. Quanto mais o Fonseca jogar bem, mais ele motivará os outros. Quanto mais a Bia ganhar, mais a roda do tênis girará.

Temos a chance de mudar a cara do tênis para sempre. Mostrar que o Brasil tem um tênis forte, com mais de um grande jogador. E tenho certeza de que todos os tenistas se motivarão. Mas isso depende de resultados, do respeito e do incentivo aos outros também", finalizou.


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