Por Carlos Omaki - Recém campeão do NextGen Finals, sagrando-se o melhor jogador do mundo até 20 anos, João Fonseca será testado na Austrália pelo 9º melhor tenista do mundo, o russo Andrey Rublev. Crédito: Tennis Australia
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Experiente, o russo que já é profissional há dez anos e teve como melhor ranking a quinta melhor posição do ranking mundial e está há cinco temporadas como top 10.
Rublev tem como média atingir as quartas de final dos Grand Slans.
Nove anos mais velho que o brasileiro, o russo tem uma inquestionável superioridade no quesito experiência e será franco favorito no confronto.
Pensar que um menino de 18 anos recém chegado ao circuito e com ranking abaixo dos 100 melhores tenistas do mundo irá incomodar um top 10 na estreia de um Grand Slam, não é nada muito óbvio, mas alguns detalhes requintam o esperado confronto.
O primeiro sem dúvidas é que João Fonseca vem de 13 vitórias muito contundentes, o maior título de sua carreira e de passar pelo forte qualificatório do Grand Slam Australiano, resultado que lhe deu o direito de desafiar o russo.
Depois que por outro lado, Rublev vem de cinco derrotas seguidas, além de que algumas delas para tenistas de ranking mais baixo como 58, 65 e um 98, ranking próximo ao de João Fonseca.
É claro, que o fato dos Slams serem jogados em melhor de cinco sets, as “zebras” são bem mais difíceis de acontecer e normalmente os mais experientes acabam encontrando saídas para vencer os jogos.
Contra o russo ainda vem o seu temperamento explosivo e incontrolável, além de atuações abaixo da expectativa quando joga com a pressão de ser franco favorito.
E a favor do brasileiro, sua normal atuação perfeita quando enfrenta grandes jogadores, o quanto o seu jogo cresce em situações importantes e uma pequena passagem na história dos dois tenistas.
Um jogo de treino não entraria jamais em um “head to head” de dois jogadores, porém esse duelo aconteceu quando João Fonseca foi chamado para ser “sparring” no ATP Finals de 2023. E acabou sendo chamado para treinar com Rublev.
Alguns dizem que o primeiro set entre os dois foi 6/3 e outros 6/4, porém todos que estiveram presentes confirmam a vitória do brasileiro e dizem que quando o segundo set estava empatado em 1/1, o russo pediu para parar.
Jogo é jogo, treino é treino e estatísticas são estatísticas, mas uma coisa é muito certa:
O Brasil terá muitos motivos para estar ligado nesse jogo e com todo esse requinte, certamente o mundo estará muito interessado no seu resultado.
Meu palpite ?
Como treinador e analista de tênis : 3 sets a 1 para o russo. Como torcedor fanático pelos tenistas brasileiros : 3 sets a 1 para o João Brasil !!!
Principalmente no solo em que ganhamos o primeiro Grand Slam juvenil de simples em nossa história.
Sobre Carlos Omaki
Carlos Omaki é treinador de tênis há 40 anos. Uma das referências do tênis nacional, dono de duas premiações como Melhor Técnico das categorias de base do Tênis brasileiro, é proprietário da COT (Carlos Omaki Treinamento) tendo equipes na Academia Paulistana de Tênis, Club Athletico Paulistano e Tênis Club Paulista e com seu staff de treinadores cuida de cerca de 800 atletas na cidade de São Paulo.
Instagram: @carlosomaki