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Americano quis se aposentar após perder de Sinner: 'Ele era horrível'

Quarta, 27 de novembro 2024 às 10:22:28 AMT

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Tênis Profissional

Durante a última edição do podcast Nothing Major, que reúne os ex-tenistas norte-americanos Sam Qurrey, John Isner, Steve Johnson e Jack Sock, Johnson contou um episódio curioso em que quase se aposentou por ter sido derrotado Jannik Sinner.



"Acho que foi em 2019. Se não me engano, acho que foi em 2018 ou 2019 [o jogo ocorreu em maio de 2019], mas acho que eu estava no top 40,  [efetivamente o tenista na ocasião era 59º],  mas onde quer que eu estivesse, estava jogando bem", iniciou ele.

"Historicamente eu nunca fui bem em Roma, mas há esse sentimento de, não sei se vocês já sentiram isso, mas o sentimento de você jogar como um convidado local ou não local, mas você sabe, como um garoto daquele lugar, e há sentimentos diferentes que você poderia ter, tipo, o de jogar com um convidado italiano de 17 anos em Roma, eu teria me sentido muito mais confortável", seguiu contando.

Johnson foi interrompido por Querrey que perguntou se ele já havia ouvido falar de Sinner antes.

"Eu não. Só porque ele não está no nosso mundo. Tipo, eu não sego o ranking júnior. Não foi grande coisa para mim. Então eu entro em quadra e lá está a criança, alta, muito magra e você fica tipo: 'Ooh, tipo isso não pode dar errado para mim. Eu fiquei pensando: 'Você tem que vencer, certo? Seria um mico isso na quadra central", seguiu relatando o norte-americano que chegou a ser 21º do mundo.

Johnson seguiu recordando que venceu o primeiro set do confronto por 6/1: "Eu estava nervoso, mas ele não estava bem. Daí, eu comecei mal o segundo set e perdi feio. Acho que foi 6/1 ou 6/2. Mas assim, eu joguei um tênis horrível. No 3º set eu ficava: 'Você tem que vencer. Ache um jeito'. Então eu cheguei a sacar para o jogo ou tive match-point e perdi. [1/6 6/1 7/5 no placar final na 1º rodada do Masters de Roma em 2019].

"Depois daquele jogo, SJ [referência a si mesmo] entrou num buraco meio negro.  Daí eu chamei meu agente, Sam Duvall e Mike, meu treinador nem estava lá na hora, mas voou no dia seguinte. Mas eu pensei, eu simplesmente perdi, cara, esse garoto é péssimo. Ele é terrível. Eu não consigo acreditar, tipo, eu vou literalmente desistir do tênis pelo resto da minha vida", revelou e seguiu: "Sabe aqueles pensamentos ruins, que a cada seis meses você liga para o seu agente, querendo desistir. Mas daquele vez foi horrível eu tinha perdido para um moleque de 17 anos".

Segundo Johnson, tanto seu agente como treinador e equipe na época tentaram o animar: "Eles diziam, 'calma, você verá o quanto esse garoto será um grande jogador'. E eu retrucava: 'Vocês são burros. Como se esse cara nunca fosse chegar a lugar nenhum. Ele vai ter uma vitória e serei eu. Tipo, isso nunca vai mudar'", ainda revoltado.

"Eu mal sabia que, daqui a quatro anos, ele estaria ganhando milhões de dólares por ano vencendo Grand Slams e, sendo o número 1. Então, fico feliz em saber que sou um ótimo avaliador de talentos", ironizou ele.

"Às vezes é difícil olhar, olhar claramente através de um pouco além da floresta, mas, hum, sim, não foi um dos meus melhores momentos no tênis, mas, no final das contas fico feliz em ser uma nota de rodapé na carreira muito, muito boa de alguém", completou ele que voltou a ser derrotado pro Sinner nos dois seguintes confrontos entre eles no circuito: Washington 2021 e Australian Open 2022.
  

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