O tio, mentor e ex-treinador de Rafael Nadal, Toni Nadal, concedeu uma entrevista à plataforma Flashscore na qual falou sobre a carreira do sobrinho e relevou pontos relevantes de sua aposentadoria, que acontece no fim deste mês durante da Copa Davis em Málaga.
“Para ele foi difícil tomar essa decisão, como é para qualquer um que tem que parar de fazer algo que gosta e faz há anos. Meu sobrinho conviveu com lesões por muito tempo, mas conseguiu superar todas. Dessa vez, não foi assim, não aconteceu. Quando percebeu que era impossível continuar, decidiu por se aposentar”, contou Toni que deixou de trabalhar como treinador do sobrinho na temporada 2018 e teve seu posto assumido por Carlos Moyá, ex-número 1, que permanece no comando da equipe.
Toni ainda contou que por mais que tenha direcionado Rafa desde pequeno, as conquistas dele o têm como parte relevante: “No final, é o jogador que diz onde quer chegar. O técnico acompanha e tenta motivar quando necessário, mas é uma questão pessoal. O esporte competitivo é exigente acima de tudo e é preciso estar ciente disso”, ressaltou.
Tio Toni também comentou sobre os ''haters'' que o sobrinho acumulou durante toda a sua carreira, ao se questionado sobre a rejeição que tinha Rafa do público francês mesmo sendo o maior vencedor da história de Roland Garros com 14 títulos.
“Pessoas que fundamentam sua felicidade na derrota de alguém são muito pobres. Parece que os incomoda que a Espanha faça jogadores tão bons", dispara.
“No primeiro ano, não tinha nenhuma animosidade. Acho que mais tarde, quando começou a conquistar muitos títulos, as pessoas não queriam vê-lo ganhar tanto. No final, o público francês se acostumou com o comportamento dele, porque, na vida, não se trata apenas de vencer; trata-se de como você vence. Acho que Rafael fez isso muito bem e é por isso que houve uma mudança na França, a ponto de ver o reconhecimento que lhe deram nas Olimpíadas”, apontou o ex-técnico.
Toni comentou por mim como espera que a aposentadoria de Rafa, sendo capitaneado pelo amigo David Ferrer e jogando ao lado de um jovem fã e já ídolo do esporte como Carlos Alcaraz.
“Será um momento emocionante. Encerrar uma etapa de mais de 20 anos no tênis profissional e pôr um ponto final em tudo de uma vez, não é fácil. Mas, por outro lado, nós sabíamos que esse momento tinha que chegar e que estava muito próximo. Então, encaramos como se fosse normal. Alcaraz está entre os melhores do mundo há alguns anos. Ele é um grande jogador e acho que, felizmente para os espanhóis, temos um jovem que vai nos dar grande satisfação e que ainda vai nos proporcionar muita diversão nos domingos, em finais importantes”, finalizou.