Em entrevista ao canal ABC, dos Estados Unidos, o australiano Daren Cahill, um dos técnicos de Jannik Sinner, fez uma confissão curiosa sobre o que falou ao atleta antes da final do US Open. Crédito: Simon Bruty/USTA
"Não sou o treinador principal, Simone (Vagnozzi) que é. Claro, sou quem tem mais experiência. Então, durante as últimas três ou quatro semanas, ou durante os últimos quatro meses, muitas das coisas que aconteceram em torno da equipe caíram sobre meus ombros.
Tentei manter a perspectiva, manter o foco no que estamos tentando alcançar, ter certeza de dizer continuamente a ele que ele não fez nada de errado, que aconteça o que acontecer, ele pode manter a cabeça erguida, porque ele não fez absolutamente nada de errado. Eu disse a ele para focar no tênis da forma mais profissional possível e ver o que podemos fazer neste período, e assim que passarmos por isso, poderemos construir a partir daí. Finalmente superamos isso, apesar de passarmos por momentos de estresse, e acho que minha reação ao título é precedida por tudo isso", começou dizendo Cahill.
"Acho que ser treinador se baseia principalmente no que acontece com o seu jogador que realmente importa para você. A menos que o seu jogador saiba que você está envolvido no projeto, que você se preocupa com o que acontece com ele não apenas na quadra, mas também como jogador, mas como pessoa, não vai dar certo. Sempre falo muito sobre o tênis do Jannik, mas falo muito mais sobre como ele é como pessoa, mais do que tudo, ajudando-o a amadurecer e a se tornar a pessoa que todos querem ver, alguém para quem, quem os mais novos podem admirar, tem sido a minha principal função. Antes da final, falei com ele e disse-lhe que a forma como se comportou nas últimas quatro semanas transmite honestidade e resiliência, que pode estar muito orgulhoso de si mesmo e que ele entrasse em quadra para se divertir, porque merece estar lá. Essa é a minha principal função como treinador, e minha reação no final do jogo mostra que vivemos três ou quatro meses muito difíceis."