Bia Haddad busca caçar seus fantasmas para alçar voos mais altos

Por Fabrizio Gallas - Chegou ao fim, nesta quarta-feira, a campanha histórica de Bia Haddad Maia no US Open. Primeira brasileira em simples nas quartas do US Open desde a semifinal de Maria Esther Bueno em 1968, contando com os homens primeira desde Gustavo Kuerten nesta fase desde 2001. Crédito: Reprodução Disney+

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Bia Haddad confessa crise de ansiedade e culpa seus fantasmas

Foram mais algumas barreiras quebradas nesses últimos dez dias e o resgate de confiança em seu jogo, confiança que parecia perdida ao longo praticamente de toda a temporada.
Ela voltará ao top 20 como a 17ª do mundo e subirá sete posições no ranking do ano indo ao 24º lugar.
A partida desta quarta-feira infelizmente não foi a sonhada e as questões mentais voltaram com força jogando contra a brasileira. Já era previsto dificuldade. Muchova tinha 3 a 0 no retrospecto (agora 4) e um estilo que combina muito bem com a quadra em Flushing Meadows, não obstante fez semifinal ano passado e repete o resultado.
Mas o nível apresentado por Bia Haddad não foi o que estava sendo ao longo do torneio e dos últimos quase quinze dias.
E após o jogo a brasileira admitiu ter tido uma pequena crise de ansiedade e que parou o jogo para tratar e se acalmar. Ela reclamou do saque, da devolução, de uma maneira geral do seu nível apresentado e revelou que seus fantasmas voltaram.
Não é a primeira vez que isso acontece com a brasileira. Ao longo do ano ela vinha tendo problemas, mas que influenciavam em seu jogo, nada a ponto de parar o jogo e chorar como foi o caso nesta quarta.
Alguns outros episódios podem estar ligados a estes fantasmas. Episódios até ligados a problemas físicos. Ano passado nas oitavas de Wimbledon quando sentiu as costas e também teve crise de choro contra Elena Rybakina. No Rio Open anos atrás quando ainda era um jovem talento, sucumbindo também para o forte calor. Na partida anterior no US Open ela conseguiu se segurar no final emocionante contra Caroline Wozniacki. Nesta quarta, infelizmente, não. 

É uma questão com ela mesmo, psicológica, buscar caçar e espantar esses seres que habitam a mente da brasileira para sim alcançar voos mais altos. Tênis ela tem de sobra e pode alcançar feitos ainda maiores.
De qualquer forma, como disse ao Sportv, Bia tem que mentalizar que as últimas semanas foram positivas e que seu bom tênis foi resgatado. Ela precisa erguer a cabeça e sair convicta que pode ter um grande final de temporada.

Curtinhas:
Falando em final de ano. Se nada mudar, o calendário mostra os torneios de Guadalajara, no México, Seul, na Coreia do Sul, e Pequim nas próximas semanas com grandes chances de jogar também em Wuhan.