Por Fabrizio Gallas - Algumas boas vitórias em Cleveland na semana passada em um torneio menor parecem ter dado um resgate de confiança que Bia Haddad vinha necessitando para voltar a sorrir no circuito.
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Após dois jogos no US Open a atitude da brasileira é outra em relação ao que vinha apresentando em boa parte da temporada. Os últimos quatro sets da brasileira foram avassaladores contra dois tipos de jogadoras diferentes e, nesta quinta-feira, diante de uma rival que costumava causar danos para seu jogo mesmo que a brasileira tenha retrospecto positivo. Basta olhar o número de winners, 25 da brasileira contra apenas três da rival, e o placar de 6/2 6/1 em 1h13min.
A postura dentro de quadra e o semblante da brasileira nas próprias entrevistas mostram que a maré está mudando e vai no rumo correto, ou pelo menos no caminho positivo que ela apresentou desde o meio de 2022 até boa parte de 2023.
Bia quebrou um jejum de 48 anos sem uma brasileira na terceira rodada de simples em Nova York, desde Maria Esther Bueno em 1976. Pode quebrar outro com vaga nas oitavas caso bata a russa Anna Kalinskaya. Maria Esther foi a última nas oitavas em 1968, ano que fez semifinal.
Kalinskaya vem em um ótimo ano e tem um jogo pesado, firme, mais franco. Não é bem o estilo que a brasileira gosta de jogar, mas a tendência é que jogue solta, sem pressão pela vitória, e aproveitando as chances tem possibilidades de avançar. Elena Rybakina desistiu, saiu do caminho (aliás é a oitava baixa dela em torneios no ano, que coisa!) e abriu a chave até as quartas.
Caso vença, Jessica Ponchet, da França, ou Wozniacki/Zarazua seriam potenciais rivais. Ou seja, caminho, no papel, bom para fazer no mínimo quartas de final. Olhando mais adiante, a brava Paolini ou uma Osaka/Muchova poderiam pintar. Nada fácil, mas nenhum bicho de sete cabeças. Se mantiver esse nível, Bia pode sim sonhar.