O austríaco Dominic Thiem, ex-top 3, concedeu nesta segunda-feira sua última entrevista coletiva como tenista disputando um Grand Slam, ao se despedir no US Open com derrota para o local Ben Shelton. Thiem revisitou a carreira e disse estar feliz.
"Eu estive apto a estar focado no jogo muito bem e no que eu gostaria de fazer. Mas é claro que tudo foi um pouco diferente, então eu realmente tentei curtir a absorver cada momento nessa quadra [Arthur Ashe] e foi ótimo", iniciou o austríaco campeão do US Open 2020.
"Mas é claro que eu não tenho conseguido aquele nível mais. Aquele nível que é necessário para estar em pé de igualdade com jogadores como Ben [Shelton]", foi sincero.
Dominic Thiem foi questionado sobre o fato de estar diante da aposentadoria e como tem enfrentado esse momento. Aos 31 anos, Thiem disse que desde que tomou a decisão pelo fim de sua carreira em março deste ano ele tem estado feliz e em paz, buscando curtir cada momento.
"Eu sempre amei jogar no circuito, do mesmo jeito que eu sempre amei esta em casa com a família, amigos e vivendo uma vida normal. Então, estou empolgado e planejando muito essa nova fase da minha vida. Acho que por isso estou feliz com a minha decisão", declarou.
O austríaco ainda recordou que irá jogar uma eliminatória do torneio exibição UTS em Frankfurt, na Alemanha, e sua participação no ATP 500 de Viena.
Ao ser questionado o que mais sentirá falta da vida do tênis, declarou: "A sensação de vencer um grande jogo. Essa sensação é única e certamente não sentirei isso novamente, então sentirei falta".
"A grande razão pela qual estou aqui, me aposentando tão jovem, é que não tive tanta sorte com a questão das lesões, mas novamente afirmou que estou feliz com a carreira que tive. Eu nunca esperei que fosse ser tão vitoriosa, então, não tenho arrependimentos", destacou ao ser questionado sobre como tomou a decisão de se aposentar.
Thiem ainda foi questionado sobre quem foi seu adversário mais difícil já que ele competiu na mesma era de quatro grandes tenistas da história [Roger Federer, Rafael Nadal, Novak Djokovic e Andy Murray].
"Sim, eu tive alguns jogos lendários com alguns dos maiores atletas da nossa geração, talvez os maiores na história. Cada um deles é único, sempre senti que Dependia do dia, da superfície para ver quem era o mais difícil de enfrentar. Tive jogos em que fui vencendo e outros que não tive chance", opinou sem escolher um rival.
Crédito: Simon Bruty/USTA