Djokovic dispara contra o sistema após caso de doping de Sinner

Novak Djokovic conversou com os jornalistas em Nova York na prévia do US Open e como os demais atletas, o dono de 24 títulos do Grand Slam foi questionado sobre o tema da semana, que foi o teste positivo no doping e o processo inocentando Jannik Sinner.

“Quanto ao caso de Jannik, como eu disse, esses tipos de casos são a razão pela qual fundamos a PTPA, que sempre defende protocolos justos, protocolos claros para abordagens padronizadas para esses tipos de casos", iniciou o sérvio que ao lado do canadense Vasek Pospisil encabeçou a fundação da Associação dos Tenistas Profissionais que engloba homens e mulheres.
"Eu entendo que a frustração dos jogadores está lá por causa da falta de consistência [do processo]. Pelo que entendi, o caso dele foi esclarecido no momento em que basicamente foi anunciado. Mas, você sabe, eu acho que cinco ou seis meses se passaram desde que a notícia foi levada a ele e sua equipe", pontuou levando em consideração a crítica ao processo feito por outros atletas.
"Então, sim, há muitos problemas no sistema. Vemos falta de protocolos claros e padronizados. Eu posso entender os sentimentos de muitos jogadores que questionam se são tratados da mesma forma", compreendeu e seguiu: "Espero que os órgãos dirigentes do nosso esporte consigam aprender com esse caso e tenham uma abordagem melhor para o futuro. Acho que coletivamente tem que haver uma mudança, e acho que isso é óbvio".
Sem citar nomes, Djokovic pontua casos que tiveram tratamento diferente ao dado a sinne: "Muitos jogadores, tenho certeza de que você já sabe quem são esses jogadores, tiveram casos semelhantes ou iguais, praticamente os mesmos, em que não tiveram o mesmo resultado, e agora a questão é se é uma questão de grana, se um jogador pode pagar uma quantia significativa de dinheiro para um escritório de advocacia que representaria seu caso de forma mais eficiente", criticou.
"Não sei. É um caso ou não? Isso é algo que realmente sinto que temos que investigar mais coletivamente, para olhar para o sistema e entender como esses casos não acontecem, não o caso em si, mas como podemos padronizar tudo para que cada jogador, independentemente de sua classificação, status ou perfil, possa obter o mesmo tipo de tratamento", sugeriu ele ainda apontado a necessidade dos órgãos que dirigem o tênis ouvirem as críticas e sugestões feitas com base neste caso