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Jasmine Paolini vem encantando o circuito mundial

Quinta, 11 de julho 2024 às 17:54:34 AMT

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Tênis Profissional

Por Gustavo Loio - Chegar às finais de Roland Garros, no saibro, e em Wimbledon, na grama, na mesma temporada, é uma façanha para pouquíssimas tenistas. Desde 1994, há 30 anos, apenas outras cinco incríveis tenistas e ex-líderes do ranking chegaram lá nas simples. A última delas foi ninguém menos do que a americana Serena Williams, em 2016 (repetindo o feito do ano anterior). Pois a italiana Jasmine Paolini, vice na capital francesa, mês passado, garantiu a segunda final de Slam na carreira nesta quinta, ao vencer, de virada, uma semifinal dramática na grama britânica contra a croata Donna Vekic.



Além de Serena, as outras finalistas em Roland Garros e Wimbledon, na mesma temporada, desde 1994, foram sua irmã mais velha, Venus, em 2002, a alemã Steff Graff, em 1995, 1996 e 1999, a suíça Martina Hingis, em 1997, e a belga Justine Henin, em 2006. Além de 2015 (campeã nos dois torneios) e 2016 (vencedora na grama britãnica), Serena foi finalista em Paris e em Londres, no mesmo ano, em 2002. Nas duas ocasiões, derrotou a irmã mais velha na final. Justine, por sua vez, triunfou em Roland Garros e foi vice em Wimbledon, há 18 anos, enquanto Graff foi campeã em Paris e finalista na capital britânica em 1999. Já em 1995 e 1996, a alemã ergueu os dois troféus de campeã. Já Hingis foi vice em Paris e campeã em Wimbledon em 1997.

Independente do resultado da final deste sábado, contra a tcheca Barbora Krejcikova, 32ª do mundo, campeã de Roland Garros de 2021, Paolini, número 7 do mundo, já iguala o feito das ex-líderes do ranking que citei acima. E vai alcançar o maior ranking da carreira: quinto.

Outra curiosidade da surpreendente campanha da italiana é que, em três edições anteriores, ela sequer tinha vencido alguma partida em Wimbledon.

Primeira de seu país finalista em Londres em simples na história, Paolini (que perdeu a final de Roland Garros para a líder do ranking, a polonesa Iga Swiatek) vem encantando, principalmente, com seu carisma e garra. Um belo exemplo de sua resiliência foi a semifinal desta sexta-feira, quando, após um set inicial bem abaixo, saiu das cordas e conquistou a épica virada.

Final inédita

Curiosamente as duas inéditas finalistas de Wimbledon têm 28 anos e jamais se enfrentaram numa partida em chave principal de WTA Tour. O único duelo, até hoje, foi no qualifying do Aberto da Austrália de 2018, vencido pela tcheca, por 6/2 e 6/1.

Num circuito, normalmente, dominado por tenistas altas, número 7 do mundo, de 1,63m, é a mais baixa do top 10. Mas vem mostrando que tamanho não é documento, muito menos obstáculo.

Na pior das hipóteses, Jasmine ficará com o segundo vice-campeonato de Slams na carreira, um feito inimaginável, até meses atrás, para quem tem apenas dois troféus no currículo: Dubai (neste ano) e em Portoroz, em 2021. Mas, olhando a metade cheia do copo, terá alcançado um feito que, como citei na abertura, nos últimos 30 anos, só foi atingido por ex-líderes do ranking.

Seja qual for o resultado da decisão britânica, Paolini e seu sorriso cativante já estão brilhando, numa temporada dos sonhos para o tênis italiano. Isso porque seu compatriota Jannick Sinner (campeão do Aberto da Austrália) se tornou, em Roland Garros, o primeiro do país a chegar ao topo do ranking, na história.

Grazie mille, Paolini!

Sobre Gustavo Loio

 

Jornalista formado em 1999 e pós-graduado em Assessoria de Comunicação, já trabalhou com Gustavo Kuerten. E, também, nas redações da Infoglobo (O Globo, Extra e Época), do Diário Lance! e do Jornal O Dia, além do site oficial do Pan de 2007, no Rio.

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