O austríaco Dominic Thiem, ex-top 3 da ATP, concedeu uma entrevista a newsletter Tennis Swett Spot e comentou, entre outras coisas a decisão de se retirar do tênis profissional aos 30 anos, Thiem confessou que se sente "mais experiente" do que é.
"Treinei muito durante algumas semanas, mas os resultados ainda não estavam aparecendo, e então surgiram novamente alguns problemas no pulso, então ficou bem claro que eu tinha que tomar essa decisão. Quando você começa a pensar em aposentadoria, não é um sinal de boa decisão", comentou Thiem que passou as últimas temporadas lidando com uma lesão crônica no punho.
"Me sinto um pouco aliviado e tenho a sensação de que posso voltar a gostar um pouco mais de jogar tênis. Você começa a jogar porque gosta e depois, se não tomar cuidado, começa a ficar mais. e mais como uma profissão, e a alegria vai embora com muita facilidade e rapidez. Isso tem acontecido comigo de vez em quando", complementou ele. "Desde que anunciei minha decisão, tenho conseguido aproveitar muito mais e voltar a ver isso como uma paixão. Todo atleta merece desfrutar mais uma vez do esporte que escolheu”, revelou.
Apesar de mais jovem, Thiem coincidiu com a geração que é a mais vitoriosa da história do esporte, com o suíço Roger Federer, o espanhol Rafael Nadal, o escocês Andy Murray e o sérvio Novak Djokovic, de 37 anos, mais novo dos quatro com diferença de 10 dias para Murray, e comentou como é vê-los brigando por títulos.
"Eles são a exceção! Como tudo o que conquistaram, são excepcionais. Acho que não é normal e não será normal no futuro ver tenistas entre 36 e 37 anos ganhando tanto. Tenho apenas 30 anos, e há 20 anos era completamente normal parar na minha idade. Agora, sou um pouco jovem para isso", analisou o austríaco.
“Tive uma carreira muito exigente e intensa, por isso sinto que é o momento certo para parar. Nunca me senti como antes fisicamente”, pontuou Thiem que foi campeão do US Open e duas vezes vice-campeão em Roland Garros.
"Especialmente com o forehand e outros golpes específicos dos quais era impossível recuperar. Também tive uma carreira muito intensa. Não sinto que tenho apenas 30 anos, me sinto mais velho no que diz respeito ao tênis, para ser honesto", completou.