A ex-número 1 o mundo e atual diretora de Roland Garros, a francesa Amelie Mauresmo concedeu uma longa entrevista ao canal Euosports da França e foi questionada, entre outros temas do porque não deu convites para Simona Halep e Dominic Thiem.
Campeã do torneio em 2018, a romena Simona Halep buscou um convite junto aos organizadores do torneio, equipe chefiada por Mauresmo. Halep está de volta ao circuito após ficar 1 ano e 8 meses afastada em razão de um processo de doping. A ex-número 1 do mundo jogou em Miami com convite e atualmente ocupa o posto de 1139ª da WTA.
O austríaco Dominic Thiem também tem uma grande história no Slam parisiense, onde foi vice-campeão em duas oportunidades 2018 e 2019.
"Escolhemos os franceses. Historicamente, no torneio de Roland Garros, isso tem acontecido com frequência. Houve algumas exceções, mas no geral escolhemos homens e mulheres franceses, e também jovens. Em determinados momentos, penso principalmente nas qualificações. Então aí está, no caso do Dominic, obviamente, quando fazemos a pergunta, obviamente é muito complicado dizer a ele: “Não, você vai jogar na qualificação”. Mas agora decidimos também ajudar os jovens franceses. Podemos debater isto durante muito tempo, mas foi o que fizemos. E então, em algum momento, você terá que decidir. Nós decidimos", iniciou sua resposta a francesa.
A respeito da romena, Mauresmo deu a entender que a organização tomou a mesma decisão de 2016 em que o torneio não deu convite para a chave principal de Roland Garros a então bicampeã do evento, Maria Sharapova, que voltava 10 meses de suspensão por doping.
"Sobre Simona: se ela tivesse sido inocentada no recurso à Justiça Desportiva (Corte Arbitral do Esporte - CAS), talvez tivéssemos tomado uma decisão diferente. Hoje, ela não foi inocentada. Sentimos que preferíamos privilegiar outros jogadores e jogadores franceses, alguns jovens, em vez de Simona, tendo em conta tudo o que tinha acontecido", relatou.
Mauresmo contou que outra ex-número 1 do mundo também pediu convite: "Houve também Caroline Wozniacki que fez um pedido. Estas são escolhas muito complicadas de fazer. Estas são as primeiras escolhas, baseadas na DTN (diretriz nacional de tênis da federação francesa), nas propostas da DTN, estas são as primeiras escolhas do torneio com Gilles, o presidente, que temos que fazer, que não são óbvias. Sabemos que ficaremos decepcionados e isso é sempre difícil. Isso me faz pensar na escolha do capitão da seleção francesa onde, em qualquer caso, você toma decisões, avança com elas, é assim e não olha para trás, mas inevitavelmente há pessoas decepcionadas", completou.