A ex-número 1 do mundo, Simona Halep, concedeu uma entrevista ao jornalista norte-americano Jon Werthem para o Tennis Channel na qual falou sobre o processo antidoping e seu retorno ao esporte.
Halep começa a entrevista contando que desacreditou quando recebeu o e-mail com a informação de que havia testado positivo no antidoping do US Open: "Eu pensei que era uma brincadeira. Eu nunca imaginei viver isso na minha vida, foi muito difícil", disse ela que sempre falou conta o que classificava como "jogo sujo".
"Não foi uma coisa intencional. Não foi intencional. Ele não fez aquilo porque queria me prejudicar", iniciou a romena ao ser questionada sobre a decisão de contratar o francês Patrick Mouratoglou, que teria sido o responsável por lhe dar o suplemento apontado por sua defesa como causador do doping não intencional.
"Eu ouvi muitas vozes de que fui manipulada por ele. Isso não é verdade. Ele era o meu treinador e eu sempre confiei nas pessoas com quem trabalhei. Eu sempre acreditei que se você não confia na sua equipe, você não pode expor seu nível máximo. Então, eu acreditei nele. Eu trabalhei em sua academia e com o seu pessoal e tudo estava bem. Não foi nada que ele tenha me oferecido ou me dado. Não. Tudo estava claro sobre doping, então, não foi algo que ele fez de propósito", completou ela.
A romena então foi questionada se é justo que o atleta cumpra uma punição por doping, enquanto os profissionais de sua equipe responsáveis pela suplementação ilegal possa trabalhar normalmente e pontuou, após um longo suspiro: "Isso é um tópico sensível. As regras são as regras e eu conhecia as regras. Eu sei que os jogadores são os únicos responsáveis pelo que acontece, mas eu não tomei nada. Foi um suplemento contaminado, que foi um erro da fábrica e não algo intencional de qualquer forma. Então, eu paguei por isso, sofri, é claro, mas foi um erro".