Thiago Monteiro tem caminho para seguir fazendo história em Roma

Por Fabrizio Gallas - Crença. Acreditar em si. No seu jogo. Não se abalar com os setbacks comuns dos jogos e o principal, ser corajoso nas horas chave. Thiago Monteiro virou a chavinha em Madri.

Vitórias suadas no quali começaram a trazer a luz e a sequência do cearense é incrível com três vitórias sobre jogadores do top 50, uma do top 10. E o melhor. Jogando seu melhor tênis de sempre.
Neste domingo salvou match-point de forma agressiva, indo pra cima, de forma destemida. Mostrando coragem e na entrevista falando justo sobre acreditar em seu jogo.
Monteiro é o primeiro brasileiro nas oitavas de um Masters 1000 desde Thomaz Bellucci exatamente em Roma, em 2016. Oito anos. Agora ele tenta fazer ainda mais história. Ser o primeiro brasileiro nas quartas desde o próprio Bellucci naquela campanha memorável em Madri em 2011, ou seja, há 13 anos, onde parou na semifinal.
O caminho para isso não é dos piores. Ben Shelton, 14º do mundo, que não é muito jogador de saibro, mas tem um bom saque ou Zhizhen Zhang, 56º colocado. No papel é um jogo parelho, mas ganhável. E agora com a queda de Novak Djokovic, a estrada fica um pouco mais livre com Tabilo, 32º, ou Khachanov como possíveis rivais de quartas de final.
Se Thiago seguir jogando assim tem totais condições de seguir fazendo história.
Falando em Djokovic. Que atuação bizarra do sérvio. Não tirando os méritos de Tabilo que jogou muito bem e eficiente, mas poucas vezes vi o sérvio tão apático em quadra. Sem luta, sem brio. Aceitando passivamente a derrota. Errando bolas boas, dando duplas-faltas.

Caiu em pouco mais de uma hora. Muito estranho. O ano está muito abaixo de Nole e conturbado também fora de quadra com as trocas em sua comissão técnica. Isso deixa as possibilidades muito abertas  no saibro.