Danielle Collins, campeã do WTA 1000 de Miami, nos Estados Unidos, está na semifinal do WTA 500 de Charleston, jogado no Har Thru, o saibro verde, com premiação de US$ 922 mil.
Após o duelo ela comentou pelas pessoas que se ofendem pelo modo que ela se porta: "Ter tantos jogos no início do ano foi ótimo para mim. Tive temporadas em que não consegui jogar tanto, provavelmente por lesões e pelos problemas que convivo. Estou muito orgulhoso de poder jogar tantos jogos semana após semana, sem me sentir cansado. Tem havido muito trabalho duro fora da quadra. Estes são tempos emocionantes para mim, espero continuar assim", disse a jogadora que se aposentará ao final da temporada.
"Há muitos jogadores que saem do Top 50 cujo nível não se reflete na sua posição no ranking. Tento dizer isso a mim mesma e permanecer positiva. Claro que é difícil, você quer sempre dar o seu melhor, tem sido um processo e tanto. Tive duelos complicados, partidas muito difíceis e tive que superá-los, aprender a enfrentar esse tipo de rival nas primeiras rodadas e lutar contra elas.
Tenho muitas amigas no circuito, sinto que muitas delas veem a forma como compito na quadra. Elas entendem, sabem como me comporto em quadra, mas fora dela sou uma boa pessoa, leal aos amigos, que reserva um tempo para pensar neles. Todas as garotas do circuito a respeitam. Muitas pessoas fora do tênis podem ficar ofendidas com a forma como compito e com o que faço. Vivemos num mundo em que existem muitos estereótipos, não é qualquer tipo de declaração política, é a realidade.”
“Para as mulheres, espera-se que nos comportemos de uma determinada maneira. Quando você tem uma personalidade forte, quando você é tão competitivo quanto eu, isso pode incomodar as pessoas. Para essas pessoas eu falo para continuarem se incomodando, eu sou quem sou, não vou mudar por ninguém. Passei por momentos difíceis devido às redes sociais e a todas as críticas. Às vezes, os comentários negativos vencem os positivos. Você tem que perceber que o que certas pessoas dizem sobre outras as define mais. A forma como nos comunicamos é um reflexo de como nos sentimos internamente.
Foi preciso algum trabalho e maturidade para entender isso. Tento ter uma perspectiva sobre isso. Tem muita gente que tem muitas coisas para resolver e nem todo mundo vai ficar feliz com seus sucessos, ou quando você comemora seus bons momentos. Você tem que entender isso, que vai ter pessoas que não te apoiam, mas também muitas outras que o apoiam. É incrível o número de fãs que tenho ao longo desse tempo. É uma das coisas mais especiais que você vivencia como atleta profissional.”
A jogadora enfrenta a grega Maria Sakkari neste sábado por vaga na final do torneio americano.