Por Fabrizio Gallas - Quarto grande jogo de Thiago Wild na temporada e quarta ótima atuação. Derrotas contra Hubert Hurkacz e Andrey Rublev vendendo caro, estando a poucos pontos de bater o russo no Australian Open, e vitórias contra Karen Khachanov (15º) e Taylor Fritz (13º).
Vitória com contundência, jogando muito bem, com agressividade e neste sábado sacando demais, colocando o tenista da casa que tem título de Masters 1000, quartas de Grand Slam no chinelo.
Após a partida ele declarou à ESPN gostar dos grandes jogos. É notório que a motivação, a atenção e o nível do paranaense sobem. Aquela questão de jogar sem pressão e solto falam mais alto.
A cada vez que vence partidas desse naipe, a atenção no brasileiro sobe assim como seu ranking. Só que na maior parte do circuito, em nível ATP o atleta vai encarar jogadores 40, 50, 60, 70 do mundo com vários estilos diferentes e ter o favoritismo ao seu lado. É preciso fazer esses ajustes para que em outros cenários também possa brilhar e ter a consistência para se estabelecer no patamar de cima que condiz com seu nível. Muito provavelmente é uma questão de tempo, de horas na quadra, experiência.
Neste domingo o desafio é o chileno Nicolas Jarry, um estilo de jgoador sacador e que não dá ritmo. Wild em tese não entra como favorito, mas também a expectativa sobe.
Bia Haddad fez uma partida abaixo das expectativas nesta madrugada. Mais uma vez passiva, com saque fraco, várias bolas no meio da quadra e Katie Boulter não perdoou com suas bombas na devolução e no fundo. 6/2 6/3 em 1h30min. Desanimador ver a brasileira praticamente sem nenhuma chance na partida e ver que nos últimos nove jogos suas duas únicas vitórias foram em atuações irregulares. Se o primeiro trimestre os resultados foram mais ou menos parecidos com 2023, um pouco abaixo, analisando friamente, o desempenho parece pior com pressão e expectativa altas. Aquela possível gordura de pontos que poderia construir foi embora e agora virá a pressão de defender resultados a partir de maio no saibro europeu.
João Fonseca atingiu sua primeira final no profissional em Assunção e teremos uma final brasileira contra Gustavo Heide que também faz final inédita. Um se garante no top 300 e outro no top 200. É nossa geração crescendo e brilhando. Se vencer o torneio, Fonseca já pode sonhar com uma vaga no quali de Roland Garros.