Wozniacki estreia com vitória em Miami e critica convite dado a Halep

A dinamarquesa ex-número 1 do mundo e atual 129 do mundo, Caroline Wozniacki, estreou com boa vitória na chave do WTA 1000 de Miami, nos Estados Unidos, diante da francesa Clara Burel, 45ª, e após a vitória criticou convite dado a romena Simona Halep.

Convidada da organização do Masters de Miami, Wozniacki seguiu apresentando a boa performance da campanha em Indian Wells, que precisou abandonar nas quartas de final diante a número 1 do mundo Iga Swiatek por sofrer com uma unha encravada.

Aparentemente recuperada, Wozniacki jogou firme e precisou de apenas 1h15 para fechar o placa em 6/1 6/4 tendo vencido 79% dos pontos jogados com seu primeiro serviço contra 50% de aproveitamento da francesa, que converteu os dois aces da partida e cometeu sete duplas-faltas contra duas da dinamarquesa.

Wozniacki segue no torneio e encara a ucraniana Anhelina Kalinina, cabeça de chave 32, que estreia de bye (sem jogar) na primeira rodada.

Após a partida, Wozniacki conversou com os jornalistas e durante a conversa estava em quadra outra ex-númeo 1 do mundo, a romena Simona Halep, também convidada da organização de Miami, que ficou afastada das quadras por 18 meses em que encarou um processo antidoping.

Wozniacki foi perguntada sobre o retorno de Halep através de um convite e foi sincera: "Em primeiro lugar, sempre gostei da Simona, sempre tivemos um bom relacionamento.
Já falei muito abertamente no passado sobre o que sinto em relação ao doping e tudo mais. Acho que minha opinião sobre o doping é a mesma. Eu sempre quis um esporte limpo, justo para todos. Acho que definitivamente ainda é minha opinião. Novamente, isso não é diretamente para Simona, mas se alguém trapacear propositalmente, se alguém tiver testado positivo para doping...", disse ela que seguiu tentando não criticar o Miami Open.

"Eu entendo por que um torneio quer uma grande estrela no torneio, mas é minha crença pessoal, e não é uma crítica a quem quer que seja, mas pessoalmente não acho que as pessoas devam receber convites depois (de doping)", seguiu.
"Se você quiser voltar, e isso foi um erro, eu entendo, você deveria trabalhar de baixo para cima. Essa é minha opinião pessoal sobre as coisas", pontuou ela que retornou da aposentadoria no Masters do Canadá 2023 após receber um convite.
"A situação de Simona obviamente se arrasta há muito tempo, ela teve sua suspensão reduzida. Não foi uma autorização, foi uma pena reduzida", destacou e seguiu: "Ela já está fora do esporte há um tempo e está voltando. Mais uma vez, só espero um esporte limpo. Isso é tudo o que eu quero. Quero ter bons modelos para a geração mais jovem. É um esporte que envolve muito dinheiro, muita competitividade, muitos competidores. Quero uma luta justa. Sempre fui uma atleta muito honesta e sempre olhei para tudo que levei. Até mesmo tomar Tylenol é algo comum que verifico duas e três vezes. Tudo o que quero é que meus filhos olhem e digam: 'Quer saber, quero jogar tênis e quero jogar limpo'".
"Ainda tenho uma chance. Quero estar lá em quadra competindo de forma justa e honesta com todos os outros. Essa é a minha visão sobre as coisas e como estou criando meus filhos: lute de forma justa. Não importa onde você esteja, o que você quer fazer, apenas faça isso com a mentalidade certa, sim. É onde estou”, finalizou ela.