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20 anos do último título de Guga e do início de uma escrita

Quinta, 22 de fevereiro 2024 às 21:36:37 AMT

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Tênis Profissional

Por Gustavo Loio - Um dos jogos mais dramáticos que já vi in loco, a final do saudoso Brasil Open de 2004, entre Gustavo Kuerten e o argentino Agustin Calleri, na Costa do Sauípe, na Bahia, foi histórica por alguns motivos e emocionante.



Aquela foi a última vez que um brasileiro venceu, nas simples, um ATP Tour no Brasil. E, também, se tornou o vigésimo e último troféu erguido pelo maior ídolo da história do tênis masculino do nosso país.

Mais do que o placar possa sugerir (3/6, 6/2 e 6/3), aquela final teve um fato dos mais raros: começou num domingo e, por conta da chuva, terminou no dia seguinte. O mau comportamento de parte da torcida anfitriã, que chegou a exagerar e a xingar o argentino algumas vezes, foi outra peculiaridade daquele jogo. Ao ponto de o campeão pedir desculpas ao rival, na premiação.

Desde a histórica conquista de Guga, apenas Thomaz Bellucci, também no Sauípe, em 2009, chegou à decisão de um ATP, nas simples, no país. Na ocasião, o paulista perdeu o título para o espanhol Tommy Robredo. Em 2012, o torneio foi transferido para São Paulo. Inicialmente, no Ibirapuera.

Embora fosse considerado um ATP 250, enquanto o Rio Open é um 500, o Brasil Open contou com a participação de muitos nomes de peso. No ano do bicampeonato de Guga, em 2004 (dois anos antes ele derrotou o argentino Guillermo Cotia na decisão), o primeiro cabeça de chave foi ninguém menos que p espanhol Carlos Moyà, ex-número 1 do mundo.

No ano seguinte, em 2005, ninguém menos do que o espanhol Rafael Nadal, então uma promessa, de 18 anos e top 50, ergueu o troféu. Foi o segundo de sua brilhante carreira, o primeiro daquele ano, no qual ele bateria seu recorde, até hoje, de troféus: 11. Em 2013, no Ibirapuera, Nadal voltou a triunfar no Brasil Open.

No ano seguinte, o da primeira edição do Rio Open, Nadal também sagrou-se campeão.

Com uma chave principal sempre muito forte, o Rio Open nunca viu um anfitrião, nas simples, chegar às semifinais. Mas viu grandes vitórias, como a de Thiago Monteiro, em 2016, aos 21 anos, sobre o francês Jo-Wilfried Tsonga, sexto do mundo, ou a de Bellucci diante do japonês Kei Nishikori, então número 5 do planeta.

Será que em 2024 os brasileiros quebram a escrita de 20 anos? A conferir …

Sobre Gustavo Loio

 

Jornalista formado em 1999 e pós-graduado em Assessoria de Comunicação, já trabalhou com Gustavo Kuerten. E, também, nas redações da Infoglobo (O Globo, Extra e Época), do Diário Lance! e do Jornal O Dia, além do site oficial do Pan de 2007, no Rio.

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