O jornal britânico The Express traz um resumo da segunda parte da série documental da Netflix do circuito mundial de tênis, Break Point, que foi gravada durante da temporada 2022 e tem como um de seus destaques a bielorrussa Aryna Sabalenka.
No episódio que vai ao ar em 21 de junho ao qual o jornal teve acesso prévio, Sabalenka confessa que estava sofrendo muito em razão da entrada de seu país na Guerra da Ucrânia e afirmou que chegou a pensar em desistir do tênis.
“Eu sou de Belarus, então eu me sinto muito mal. é difícil. É realmente muito difícil isso com o que estamos lidando. Se eu tivesse qualquer tipo de contole sobre isso, com ceteza eu faria de tudo possível para acabar com isso", testemunha Sabaleka às câmeras do documentário.
“Todo mundo começou a falar sobre isso: 'É preciso banir os jogadores da Rússia e Belarus' e eu sentia que todo mundo olhava torto pra mim, sabe? Eu senti que todo mundo me odeia po conta do meu país", seguiu ela.
O treinador de Sabalenka, Anton Dubrov, também é ouvido no episódio e ele relata: "Você começa a se sentir culpado porque seu país é parte disso" e destacou que não existe liberdade de expressão pela em Belarus: "Em nosso país, se você falar a palavra 'guerra' pode morrer peso". "É muito difícil, há uma pressão no seu entorno: 'Você tem de falar sobre isso', mas não há palavras corretas para você".
O trernador ainda elata que a pupila sofreu do ponto de vista técnico em quadra durante 2022, mas que o elemento 'guerra' complicou muito sua situação.
No mesmo episódio, o documentário mostra Sabalenka após cai na terceira rodada de oland Garros e a tenista relata as mensagens de ódio que recebeu no Instagram, em que seguidores desejam a ela e sua família coisas como "morte dolorosa com um câncer".
“Olha essas mensagens e eu não posso mais lidar com isso. É demais pra mim", desabafa ela que aparece conversando com sua equipe em russo dizendo que quer desistir de joga tênis.
Sabalenka perdeu o pai em 2019, quando ele tinha apenas 44 anos, e segue competindo por conta dele: "Sinceramente, pensei que iria parar de jogar tênis porque era muito ruim. Mas era o nosso sonho, meu com meu pai, e eu pensei: 'Não posso desistir. Ele não aceitaria isso'", confessou.