Altmaier: 'Minha trajetória sempre foi baseada na luta'

Após vencer o jogo mais longo desta edição de Roland Garros, de 5h26 contra o italiano Jannik Sinne, o alemão Daniel Altmaier concedeu uma entrevista emocionado em quadra, após chorar muito e ser ovacionado pelo público.

“Foi uma grande reviravolta depois do quarto set, que foi uma montanha-russa. Depois de quebrar o saque, para me devolver... Tem sido muito difícil. As emoções eram loucas. Sinto-me grato aos torcedores, pelo amor por este esporte", essaltou Altmaier ainda em quadra em conversa com a ex-tenista Marion Bartoli.

"Esses tipos de jogadores vão lutar até o fim, independentemente de você ter um golpe ou match point. Eles são competidores muito bons, acho que o Jannik mostrou isso. Também foi legal da minha parte, lutei até o fim. Tive um match point contra e mesmo assim tenho sabido ficar no presente”., completou.

O alemão foi perguntado sobre como foi enfretrar match-points e buscar a viada: “Eu realmente não me concentro no placar naquele momento crucial. Se você pensar em coisas que não pode controlar, no match point, no placar, você já perdeu. Você está distraído do que quer fazer na pista, nas decisões que quer tomar. Acho que o cérebro tem a capacidade de resolver alguns problemas, mas não todos. Nesse momento é muito, muito importante ficar no presente e no que você realmente quer fazer, para realizá-lo da melhor maneira possível”.

Altmaier destacou a todo o tempo a importância de sua equipe, ponderando que vencer tal partida era resultado do teabalho e muita gente e foi convidado a falar sobre sua equipe: "(A equipe) Significa muito. Pessoalmente, o processo das últimas sete semanas foi bom. Tenho trabalhado muito duro e sou muito responsável por algumas coisas dentro e fora da pista. Isso está se mostrando em curtíssimo prazo, e eu acho isso lindo. Na quadra sou eu, mas atrás de mim tem muita gente que me leva ao limite e atinge todo o meu potencial”.

Altmaier passou por momentos de altos e baixos nas últimas temporada, mas destaca sua evolução: “Pessoalmente, minha trajetória sempre foi baseada no espírito de luta, em mostrar meu caráter em quadra. Embora tenha passado por momentos difíceis, tive um caráter forte para seguir em frente. Faz dois anos que não entro no circuito. Provavelmente não tenho os melhores resultados, mas todos têm seu progresso", concluiu.