Em entrevista com a imprensa antes de sua estreia no Masters 1000 de Roma, na Itália, que acontece no sábado, Stefanos Tsitsipas, atual vice-campeão do torneio tendo perdido para Novak Djokovic ano passado, respondeu sobre evitar o sérvio no torneio.
“Claro que todo mundo quer vencê-lo, seria um erro se você quisesse evitá-lo, porque estaria perdendo o melhor que o tênis tem a oferecer. Se ficar preso na mediocridade, pode ficar no nível, sem avançar, então não quero ser mais um jogador. Para mim é importante ter essas batalhas na quadra, um dia poderei dizer aos meus netos que consegui vencer os melhores, embora às vezes eu possa perder, mas tudo bem perder. O que conta é dar a si mesmo a oportunidade de se esforçar ao máximo e se manter nesses grandes palcos", disse o grego quinto do mundo.
Tsitsipas comentou mais sobre a carreira difícil do tenista: "Essa profissão permite que você explore seus limites, começando pelos momentos críticos que você pode vivenciar durante uma partida. Os momentos em que você está tendo o pior também é quando suas pernas começam a ficar cansadas, seu corpo fica pesado, o adversário começa a te mover de um lado para o outro... é quando você chega ao seu limite. É aí que você pode se surpreender ao contornar tudo isso e acabar superando aquela adversidade, às vezes até com mais facilidade do que esperava, mas é a única forma de se obrigar a dar 110% do seu esforço. Você só pode experimentar esse tipo de emoção durante uma partida. Claro que se o jogo for simples, você acaba mais feliz que ninguém, mas acaba fluindo e ganhando sem dar o seu melhor. Por isso digo que o maior prazer no tênis é vencer partidas duras, defender até a morte em pontos importantes, resistir sob pressão e sacar melhor quando a situação é crítica”.
“Claro que houve muitos sacrifícios, mas agora não os vejo assim, não os entendo como sacrifícios. Também não sou um cara muito festivo, mas é verdade que na adolescência é normal passar muito tempo com os amigos, talvez fazendo coisas irresponsáveis, mas isso é algo que não cabe na rotina de um jogador profissional. É divertido quando você pode sair, quando pode acordar tarde e fazer o que quiser sem pensar em como vai se sentir no dia seguinte, mas sempre fui muito responsável com tudo isso. Por vezes teria gostado de me deixar levar um pouco mais, de estar mais relaxado neste sentido, embora também seja uma bênção ser assim, sinto que me faz melhor e permite-me viver esta experiência a 100%”.
Ele disse também o que gosta mais de comer em Roma: "O sorvete é o que eu mais gosto, é o melhor sorvete que já provei, embora eu tenha melhorado muito nos últimos anos com relação a isso. Quando entrei no circuito ATP não era tão profissional com a minha alimentação como agora, não a seguia à risca. Com o tempo fui desenvolvendo uma boa mentalidade e aperfeiçoando minha relação com a comida. Hoje sou um Stefanos totalmente diferente nesse aspecto se compararmos com os Stefanos de 2017 ou 2018”.