Carlos Alcaraz, número dois do mundo, celebrou a vaga na final do Masters 1000 de Madri, na Espanha, ao bater em dois sets o croata Borna Coric, 20º colocado. Ele vai encarar o alemão Jan-Lenard Struff, 65º.
"Já sabíamos que ia ser uma luta contra o Borna, ele é um grande jogador, então não nos pegou de surpresa, é um jogador muito sólido e sabíamos para o que estávamos vindo. O início da partida foi muito exigente, mas aguentamos com nossas armas e no final caiu do nosso lado", disse Alcaraz que vai buscar o bicampeonato.
"Juntamente com a minha equipe e a minha família, a verdade é que somos um grupo bastante grande e gostamos sempre do que vem, dia após dia, para além das vitórias. É parte fundamental, não é só sofrer e curtir na quadra, tem que ter tempo para saborear e curtir a estrada. É verdade que também não tenho muito tempo para parar e pensar, é apenas o meu segundo ano no circuito, mas no domingo terei a minha quarta final de Masters 1000, já tenho um Grand Slam e fui No .1 no mundo. Com 20 anos, comecei agora, mas lutei muito para estar nessas condições, trabalhei muito. Não tenho vertigens apesar de tudo o que estou vivendo".
O tenista comemorou seu 20º aniversário nesta sexta-feira: "Além da questão esportiva, peço que para mim e minha família sempre haja saúde, isso é o mais importante. Que possamos aproveitar a vida é o melhor desejo e o melhor presente que eu poderia me dar”.
E o seu maior aprendizado: "O que mais percebi é que não podemos deixar todo mundo feliz, você tem que cuidar de si mesmo e ser um pouco egoísta nesse sentido, no final das contas não podemos agradar ou fazer todo mundo feliz. Você tem que seguir o seu caminho e ter a sua própria satisfação”.
Ele apontou o respeito perante os adversários: "Aos poucos estou percebendo, estou conquistando o respeito dos jogadores, das pessoas que estão no circuito. Não sei se lá fora também acontece, mas dentro de quadra eu noto que os rivais têm dificuldade de me vencer, noto aquele pouco respeito que os melhores jogadores conquistaram. Estou ganhando aos poucos."
Mesmo com os resultados ele negou ser o melhor do mundo no momento: "Não me sinto o melhor jogador do mundo neste momento, tento pensar em mim e dar o meu melhor, mas não me sinto superior a ninguém. Tsitsipas perdeu ontem, mas isso não significa que estou melhor, nem que vou ganhar o torneio. Struff merece estar lá, assim como Karatsev, ambos têm jogado em alto nível. Só porque estou tendo bons resultados não significa que vou vencer essa final, tem que estar focado e não dar nada como garantido”.
Alcaraz se colocou como um dos favoritos para levantar o caneco de Roland Garros: "Não sei, no final está o Tsitsipas com um grande nível, o Djokovic será sempre o favorito, o Nadal também porque é o torneio dele. Também me coloco no topo dessa lista, acho que estou jogando em um bom nível e tendo bons resultados, jogando com muita confiança".