O torneio do US Open, último Grand Slam do ano que começa no dia 28 de agosto, lançou, nesta terça-feira, o cartaz do evento que faz uma homenagem aos 50 anos da igualdade de premiação no torneio.
Exatamente em 1973, ano em que o tênis feminino se profissionalizou, é que as mulheres começaram a ganhar o mesmo que os homens no evento em Nova York. E o cartaz foi feito por uma brasileira, Camila Pinheiro.
✨ Iconic ✨
— US Open Tennis (@usopen) March 14, 2023
2023 theme art honors @BillieJeanKing & the 50th anniversary of equal prize money at the US Open. pic.twitter.com/dqCt2z5Pba
Camila é uma ilustradora de 40 anos e mãe de dois filhos de São Paulo. A arte temática deste ano é um retrato atraente de uma Billie Jean King da era de 1973 em frente a um brilhante e ousado horizonte de Nova York, que será apresentado em uma variedade de cores. Pinheiro é a primeira mulher a desenhar a arte temática do US Open em uma década, e ela diz que o produto final encapsula tanto o espírito perene do US Open quanto tudo o que há de histórico na edição deste ano.
Mesmo sendo considerado para a seleção, disse Pinheiro, “já foi uma grande conquista e uma alegria”. Ela celebrou: "Significa muito. É indescritível”, ela disse recentemente ao site do US Open. “É uma satisfação imensa fazer parte de algo tão grande e importante.”
Talvez apropriadamente, a brasileira também fecha o círculo com esta oportunidade. Ela disse pela primeira vez a seu pai, ele mesmo um ávido jogador de tênis, aos 5 anos de idade que também queria jogar - mas ela rapidamente se viu atraída para uma área do jogo que não era forehands e backhands.
“Comprei uma raquete rosa e uma roupa que combinava com Sergio Tacchini na época. Na verdade, eu estava mais interessada em moda”, disse ela, lembrando também que sempre achou o tênis visualmente atraente. Hoje, ela diz que o tênis continua sendo seu esporte favorito: joga quase todo fim de semana com o marido, fica feliz com o interesse da filha de 2 anos e acompanha os resultados de Carlos Alcaraz, Beatriz Haddad Maia e Maria Sakkari.
Antes de iniciar uma carreira em tempo integral como ilustrador, Pinheiro trabalhou por seis anos em agências de branding - bem como para a casa de moda Dior no Brasil - e estudou na famosa escola de arte Marangoni em Milão, Itália. O olhar para o estilo e o talento que se revelaram em tenra idade, e continuaram nos estudos da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM) e da Escola Panamericana de Artes de São Paulo, ajudaram Pinheiro a montar o que se tornou seu projeto final para este arte do tema do ano. Seu amor pela música também desempenhou um papel.