Djokovic se diz curado de lesão e responde críticos: 'Eu sei qual é a verdade'

Novak Djokovic concedeu entrevista coletiva nesta quarta-feira em Belgrado após uma sessão de treinamento. Ele disse estar curado da lesão na coxa e quase 100% pronto para jogar o torneio de Dubai, na semana que vem.

"A lesão foi reparada, estou me aproximando de 100 por cento de intensidade. Ainda não estou nesse nível, mas é encorajador. Como equipe, tomamos a decisão de ir para Dubai. As ambições são sempre as mais altas", disse o sérvio que comentou sobre as desconfianças que surgiram sobre sua lesão no Australian Open: "Eu sei qual é a verdade e não posso comentar sobre tudo o que aparece em público", disse Djokovic. Acrescentou que a pressão era muito grande, mas que queria voltar ao local dos seus maiores sucessos.

Ele apontou que ainda não tem novidades sobre sua ida aos Estados Unidos para Miami e Indian Wells.

"Para os EUA, depende da situação, estou esperando uma resposta e não está em minhas mãos. Veremos como as coisas se desenrolam nas próximas duas semanas", apontou.

"O processo está em andamento e isso é tudo que eu sei. Quero dizer, essas são coisas que estão completamente fora do meu controle. Claro que gostaria de jogar e estou feliz por ter o apoio do diretor do torneio, as pessoas querem que eu vá para a América e jogue, e eu também quero isso, mas espero que o lado que decidir sobre isso também pense assim".

Djokovic alcançou sua 377ª semana no topo do ranking igualando o recorde de Steffi Graf.

"Obrigado pelos parabéns, estou extremamente orgulhoso por ter estabelecido mais um recorde, desta vez o recorde de Steffi Graf. Dei tudo na minha vida a este esporte, tenho a sorte de ter um grande time de pessoas ao meu redor e o apoio sem reservas da minha família nesta jornada. Eu tento sempre me lembrar de onde comecei e o que tudo isso envolveu para chegar até aqui. Nesta fase da minha carreira, sinto que devo me esforçar ainda mais em todos os sentidos para acompanhar os jovens desafiantes."

Ele comentou sobre a disputa do número 1 com Carlos Alcaraz. O espanhol pode empatar no topo com ele esta semana se vencer o Rio Open: "Alcaraz mereceu o primeiro lugar e o título do Grand Slam, só tenho palavras de elogio para ele dentro e fora da quadra. Explosivo, em constante aperfeiçoamento, consegue jogar ao mais alto nível em todas as superfícies, e tem grande equipe comandada pelo Ferrero. O primeiro lugar não é uma prioridade absoluta para mim. Sempre me esforço para isso, mas há vários anos vejo isso apenas como consequência de bons resultados. A prioridade é me manter saudável e em sintonia comigo mesmo dentro e fora de campo. Então sei que posso vencer qualquer torneio".

Ele sonha em fazer o 60º jogo contra Rafael Nadal em uma final de Roland Garros: "60. Final de Roland Garros! Acho que ele e eu concordamos que deveria seer lá. Ele é definitivamente o meu maior rival. Não só pelo número de jogos, somos próximos de gerações, crescemos juntos nos juniores, embora ele tenha começado a ter excelentes resultados profissionais muito antes. Federer e ele foram os que mais me moldaram como jogador, sempre estiveram no meu foco e no enigma de como resolvê-los no período entre 2008 e 2011. Não consegui romper o último obstáculo, esses dois. Enquanto estamos ativos, não nos permitimos e não temos tempo para pensar na magnitude e importância de nossa rivalidade. Quando terminarmos... gostaria de falar sobre isso em particular. Vamos ver onde é o próximo jogo, ele está no topo quando está saudável."