A tenista bielorrussa Elena Rybakina, 25ª do mundo, vibrou com sua vaga na final do Australian Open conquistada nesta quinta-feira. Ela derrotou a bicampeã do torneio em 2012 e 2013, a bielorrussa Victoria Azarenka.
Ela marcou 7/6 (7/4) 6/3 sobre a experiente rival: “Estou feliz, mas também cansada, acho que foi uma grande partida. As condições foram diferentes das outras partidas que já disputei, mas estou super feliz por ter me classificado para a final. Não esperava que a diferença fosse tão grande, mas tudo estava indo muito mais devagar, a bola era mais pesada, era difícil de passar, então tive que me adaptar. Demorei, é verdade, também contra uma grande jogadora como o Vika, que compete sempre com inteligência. Agora estou pronta para dar tudo o que me resta em dois dias”.
Rybakina derrotou a melhor do mundo, a polonesa Iga Swiatek, a então embalada Jelena Ostapenko, e agora Azarenka. A campanha vem sendo brilhante: "Tem sido um grande desafio para mim, tenho certeza que todos eles têm muita experiência em vitórias em Grand Slams, então não foi nenhuma novidade para eles. Para mim, desta vez diria que tudo foi um pouco mais fácil comparado a Wimbledon, quando joguei pela primeira vez uma quartas de final, uma semifinal ou uma final. São todas tenistas muito experientes, sabia que teria de estar focada em cada ponto, mas acho que me saí muito bem”.
“É algo muito importante para mim, acho que a primeira vez que alguém veio me ver em um torneio foi no último WTA em Doha, quando gravamos o vídeo onde meu treinador dizia que se algum dia eu ganhasse um Grand Slam, ele faria uma tatuagem do Grand Slam. Então essa foi a primeira vez, a segunda vez foi em Wimbledon, onde ganhei. Minha irmã está aqui com meus pais, é a primeira vez que eles estão aqui juntos, então estou super feliz que podemos passar as noites juntos e eles podem me ver ao vivo."
A campeã de Wimbledon disputará sua segunda decisão de Grand Slam na carreira e pontua a diferença para esta: "A diferença dessa vez é que eu já sabia o que esperar; em Wimbledon, no entanto, era tudo novo. Agora estou mais ou menos tranquila, minha cabeça já sabe como lidar com esses momentos. No sábado estarei nervosa de qualquer jeito, afinal é uma final de Grand Slam, assim como hoje nas semifinais eu também estava nervosa antes do jogo. Mas desta vez penso que estava muito mais focada no jogo, no que tinha de fazer, e talvez nem tanto pensando no que viria a seguir ou no que se passa à minha volta”.
Sobre o duelo contra Aryna Sabalenka na grande final, ela descreveu: "Vai ser uma batalha muito dura, com certeza. Acho que, assim como hoje, talvez eu não precise sacar tão grande quanto nas outras vezes, tão rápido, então a velocidade não importa tanto. É importante ter uma boa posição com o saque, isso é essencial. Nessas condições, sacar com força total não é fácil, a bola não corre. A mesma coisa acontece desde a linha de base, aqui o que você tem que fazer é jogar muito fundo e ficar nessa linha, tentar avançar e esperar por trocas mais longas do que o normal”.