O tenista sérvio Novak Djokovic estreia nesta quarta-feira na chave de duplas do ATP 250 de Tel Aviv, em Israel, e pode encarar o brasileiro Thiago Monteiro em sua estreia de simples na quinta-feira.
O tenista concedeu entrevista nesta terça-feira e disse o motivo pelo qual jogará o torneio israelense: "Perdi alguns grandes torneios este ano devido a algumas circunstâncias que não me permitiram viajar. Pensei no meu roteiro: não poder ir para os EUA, conversei com minha equipe para ver quais torneios eu poderia adicionar minha agenda. Eu me comprometi a jogar a Laver Cup em Londres, então queria jogar três semanas seguidas, e Tel Aviv estava no lugar certo para mim, além de eu não estar aqui há muito tempo - a última vez aqui foi uma experiência fantástica, me senti bem-vindo. Além disso, colaborei com o povo israelense nos últimos anos, meu preparador físico ou meu empresário, então todos esses fatores me levaram a estar aqui."
Sobre a questão física e mental, Nole apontou: "Este ano, infelizmente, perdi dois Grand Slams. Esses são os torneios em que quero jogar meu melhor tênis, por circunstâncias que encontrei este ano, que nunca havia encontrado antes. Fisicamente, felizmente, meu corpo gostou de ficar sem semanas de competição constante, consegui manter meu corpo em forma, mas vamos ver como me sinto na quadra. A desvantagem de não jogar tanto é que você não tem tanto desgaste competitivo, mas não tenho tanto sentimento em quadra. Tirando a Laver Cup, minha última partida foi há pouco mais de três meses. Quero muito competir aqui e tentar ir longe”.
Djokovic comentou sobre seu maior rival e ele não tem dúvidas que é Rafael Nadal o qual persegue para igualar os 22 títulos de Majors: "Todo jogador que enfrento em um torneio é meu rival, todo tenista que enfrento acaba sendo meu rival e quero vencê-lo, mas se você me perguntar quem é meu maior rival, esse é o Rafa, sem dúvida. Ele ainda está lá, somos a rivalidade que mais se viu na história deste esporte, é uma rivalidade muito especial que ainda existe, espero ter a oportunidade de enfrentá-lo muitas mais vezes, porque é emocionante para nós , mas também para a comunidade do tênis e do esporte. Agora, há Alcaraz, número um do mundo e campeão de Grand Slam, que surgiu como líder da geração mais jovem, e ainda há nomes como Medvedev, Tsitsipas, Zverev ou Rublev, que já estão na elite do esporte há algum tempo, é um ciclo natural, os jogadores passam a responsabilidade de carregar esse esporte nos ombros, mas acho que Rafa e eu não vamos desistir tão cedo (risos). "
Sobre a questão do punho direito, Djokovic disse ter melhorado. Ele havia sentido dores no final de semana na Laver Cup: "Hoje treinei quase duas horas e me senti bem. Me sinto bem, estou feliz que minha lesão tenha passado e espero que continue assim durante todo o torneio".
Nole destacou o quanto doeu ter que assistir de casa a disputa de um torneio de Grand Slam: "Assistir a partidas competitivas do Grand Slam em casa quando você sabe que estava pronto e preparado para estar lá não é nada fácil, mas é uma situação que tenho que aceitar: tomei uma decisão e essas são as consequências dessa decisão, então enfim, no final estou satisfeito com isso."