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China utiliza COI para limpar imagem do caso Peng, diz reportagem

Quarta, 08 de dezembro 2021 às 16:04:35 AMT

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Tênis Profissional

Uma parceria editorial entre a agência de notícias ProPublica e o jornal The New York Times conseguir rastrear por completo como as autoridades chinesas agiram para censurar as denúncias da tenista Peng Shuai de abuso sexual por parte de Zhang Gaoli.



A publicação feita por Peng em 2 de novembro deste ano afirmando que Gaoli, ex-vice-primeiro ministro da China, teria a violentado, na rede social Weibo, equivalente ao Twitter, levou apenas 20 minutos para ser identificada e retirada do ar. 

O tempo é inferior ao que haviam medido os usuários da rede social ao denunciarem para o mundo o processo de censura, que incluiu fechar tópicos de discussões antigos sobre a tenista em foruns na rede, retirar seu nome dos mecanismos de buscas e até censurar por dias tópicos genéricos como "tennis" (tênis) para evitar que pessoas se reunissem para falar do tema.

A reportagem ouviu o especialista e pesquisado em liberdade na internet da Universidade da Califórnia, Xiao Qiang, que classificou a manobra das autoridades chinesas contra Peng como "sofisticada e equivocada". Segundo o pesquisador, toda a estrutura feita, que incluiu não excluir perfis de Peng Shuai nas redes, proibir comentários em suas publicações, é um tratamento é reservado apenas para tópicos altamente sensíveis, na visão do Partido Comunista Chinês, como a repressão de 1989 na Praça Tiananmen.

Em situações anteriores, celebridades e atletas chineses que ousaram questionar ou criticar ações do governo central tiveram seus perfis excluídos e foram "varridos" das redes. O que não seria possível no caso de Peng dada a repercussão internacional e o fato de que a tenista não atacou o Partido ou o governo.

A estratégia de abafar o caso domesticamente deu certo, porém o uso da máquina estatal de comunicação, por meio da TV publica CGTN deu muito errado ao forjarem um suposto e-mail de Peng para o CEO da WTA, Steve Simon. 

A propaganda que apagaria a ideia de "censura sobre Peng Shuai" internacionalmente, com conteúdos como vídeo da tenista em torneios juvenis e fotos em casa, não funcionou e  simplesmente aumentou a desconfiança internacional.

A reportagem do Times e da ProPublica identificou mais de 1700 contas falas no Twitter que promoviam tanto as publicações de jornalistas e da mídia estatal chinesa, como tentavam da provas sobre a segurança de Peng Shuai.

Além disso, a China lançou mão de um de seus mais recentes artifícios que é de usar figuras e entidades do ocidente para "limparem" suas imagens. A ideia é ter nessas pessoas e entidades reforços públicos de que o que "estaria acontecendo de errado" não está e é só um engano. Para a reportagem, o caso de Peng Shuai tem sido através do Comitê Olímpico Internacional (COI), depois da tentativa de convencer a WTA através da federação de t~enis da China.

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