A Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) anunciou uma "Revisão abrangente" de suas políticas de segurança, que têm por objetivo "garantir que adultos e menores envolvidos no tênis profissional estejam seguros e protegidos contra abusos".
De acordo com o comunicado emitido pela entidade, a revisão está sendo feita por consultores independentes e especializados. O trabalho tem mesmo por objetivo tornar a ação da ATP, incluindo com a aplicação de seu Código de Conduta, mais proativa em relação a casos de violência e abusos.
O release da ATP destaca que até o momento, a entidade apenas toma providências de punições e advertências a profissionais do circuito em casos de violência, apenas após decisões de autoridades externas às entidades, como judiciário e órgãos de segurança pública.
"Após sua conclusão do relatório), a ATP avaliará suas recomendações e possíveis próximos passos em uma série de questões de proteção, incluindo aquelas relativas à violência doméstica", pontua em texto a entidade como uma resposta a demanda pública de posição do órgão em relação a casos como do georgiano Nikoloz Basilashvili que chegou a ficar preso em junho de 2020 e está sendo processado em seu país por violência doméstica.
Massimo Calvelli, CEO da ATP, comentou a iniciativa: “O abuso tem um impacto profundo e duradouro em milhões de vítimas a cada ano. Acreditamos que todos no tênis devem se sentir protegidos, representados de forma justa e apoiados no levantamento de preocupações. Quando condutas ou alegações abusivas estão relacionadas a qualquer membro da família do tênis, isso também pode afetar a confiança do público em nosso esporte. Reconhecemos que temos a responsabilidade de fazer mais".
Calvelli seguiu: “Isso representa um novo terreno para nós, e a seriedade e complexidade dessas questões exigirão que procedamos com cautela. Temos que ter certeza de que todas as políticas são práticas e aplicáveis em nosso esporte, que opera em mais de 30 jurisdições legais diferentes e onde os jogadores competem como contratados independentes. A colaboração com a WTA, ITF e os quatro Grand Slams também será importante para servir a comunidade de tênis em geral”.
Outros casos famosos de abuso e violência ganharam páginas além das esportivas. Ainda em 2020, Olga Sharypova, ex-namorada de Alexander Zverev, acusou o alemão de tentar matá-la em um hotel em Genebra, na Suíça, e de tê-la agredido fisicamente em Nova York, durante o US Open 2019.
Em 2014, o pai de Bernard Tomic, John Tomic, ficou proibido de frequentar qualquer torneio profissional por meio ano, após espancar o sparring do filho, o monegasco Thomas Druet.