Por Gustavo Loio - Com o mais que previsível hexacampeonato em Wimbledon, no domingo, Novak Djokovic, enfim, se igualou aos dois maiores rivais em números de Grand Slam: Roger Federer e Rafael Nadal. Cada um tem, agora, 20 incríveis conquistas.
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A hegemonia destes três foras-de-série é tamanha que parece fazer muito tempo que o americano Pete Sampras se mantinha como o recordista desse nível de competições. Foram 14 troféus.
Caçula deste trio fantástico que domina há tantas temporadas o circuito, com 34 anos (um a menos que o espanhol e cinco a menos que o suíço), Nole, na minha opinião, tem muito mais chances de abrir vantagem definitiva como o recordista de Majors.
Não apenas por ter vencido, em feito inédito na carreira, os três primeiros torneios de Grand Slam da temporada: antes da grama sagrada, ele vencera o Aberto da Austrália e Roland Garros. Mas, principalmente, por mostrar cada vez mais capacidade de sair de buracos, de situações complicadas. Na tranquila campanha em Wimbledon, talvez o maior obstáculo tenha sido Denis Shapovalov, derrotado por 7/6, 7/5 e 7/5. O canadense jogou uma barbaridade sua primeira semifinal de Slam da carreira, mas o líder do ranking foi cirúrgico nos momentos mais importantes.
Um dos números mais impressionantes do sérvio sobre Majors: Dos últimos 12 Slams que disputou, ele chegou a 9 finais e venceu oito.
Sem vencer um Slam desde o Aberto da Austrália de 2018, Federer não parece que vai aumentar sua coleção, embora nunca seja prudente minimizar seu enorme talento. A última vez que ele chegou a uma final neste nível de torneio foi justamente em Wimbledon, há dois anos, quando perdeu uma partida épica para Nole.
E Nadal? Teoricamente, tem mais chances do que o suíço de impedir que Djokovic abra uma provável vantagem no número de Slams. Principalmente pelo fato de o espanhol ser disparado o maior recordista em Roland Garros, com 13 troféus.
Ainda que seja bastante difícil fazer qualquer tipo de previsão, pelo andar da carruagem, não será surpresa se Djokovic alcançar 25 Majors nas próximas temporadas. Sobre o espanhol, imagino que ele tenha bala na agulha para saborear, no mínimo, mais duas conquistas, enquanto o futuro do suíço é a maior incógnita entre este trio magistral.
A única certeza, mesmo, é que somos privilegiados por viver este momento do tênis.
E que venham os próximos Slams!
Sobre Gustavo Loio
Jornalista formado em 1999 e pós-graduado em Assessoria de Comunicação, já trabalhou com Gustavo Kuerten. E, também, nas redações da Infoglobo (O Globo, Extra e Época), do Diário Lance! e do Jornal O Dia, além do site oficial do Pan de 2007, no Rio.