Logo após vencer um dos jogos mais importantes de sua carreira ao superar Rafael Nadal na semifinal de Roland Garros, o sérvio Novak Djokovic conversou com os ex-tenistas Mats Wilander e Barbara Schett na Eurosport.
Leia Mais:
Sérvio aposta na recuperação física para final
Nadal sobre derrota: 'Nada é eterno'
"É muito especial. A melhor atmosfera e o melhor jogo que fiz na quadra central de Roland Garros. Contra meu maior rival. Foi incrível. Nós dois tivemos apoio dos torcedores, jogamos muito bem. Vencer em Roland Garros é algo muito especial, este foi um dos melhores jogos que fiz na vida. Agora, estou muito feliz com a vitória", iniciou sua entrevista o sérvio.
Djokovic também foi questionado sobre como se sentiu ao ouvir que o público não seria obrigado a sair do complexo em razão do toque de recolher local: "Considerando o que vivemos nesse tempo (de jogo) antes do anúncio. Acho que nós dois queríamos que o público ficasse. Nós dois estávamos nos beneficiando da presença da torcida, nós jogamos por este tipo de ambiente. Tenho certeza que ele pensa igual. Sabe, nós dois não somos mais jovenzinhos, já somos veteranos no circuito. Nós jogamos por ambientes como esse. Foi importante eles ficarem".
Djokovic também foi perguntado se o fato de jogar entre o finzinho de tarde e o início da noite em Paris afetou seu jogo devido as diferenças de condições: "As condições entre o dia e a noite são mesmo diferentes. No início, eu me senti um jogador muito de linha de base, não consegui fazer meu jogo. Mas eu fui gerindo para encontrar o movimento certo e entrar em ritmo".
Em coletiva de imprensa, Djokovic foi além sobre o triunfo diante de Nadal: "Sem dúvida foi o melhor jogo que fiz em toda a minha história no Roland Garros. E dos três melhores jogos que fiz em toda a minha carreira considerando o nível do tênis, jogando contra o meu maior rival de todos os tempos na quadra do que teve o maior sucesso em sua vida após 15 anos, e devemos adicionar a atmosfera elétrica de apoio aos dois jogadores. Simplesmente incrível."
"Rafa foi o tenista mais dominante da história em Roland Garros, as palavras estão se esgotando para definir suas conquistas aqui. Ele já perdeu três vezes em toda a sua carreira. E ele joga aqui há quase 20 anos. Vencer o Rafa foi como escalar o Everest, essa é a sensação que você sempre tem quando sai na pista contra ele, de escalar o Everest para vencê-lo. Ele havia me derrotado nas 8 vezes anteriores que havíamos jogado no Philippe Chatrier. Tentei tirar algumas coisas do nosso 2015 para poder implementá-las esta noite e funcionou.
“Apesar de não ter feito um bom início de jogo, não me senti muito nervoso porque estava batendo bem na bola. Era uma questão de encontrar meu caminho para entrar no jogo e me adaptar ao seu tipo de bola , algo que ninguém mais tem no circuito de jogo. A quantidade de giros com que ele joga com o forehand é simplesmente tremenda. Eu me sentia pronto para isso. Eu me sentia bem física e mentalmente, com motivação. Eu tinha um plano bem definido Em termos de tática, o que eu precisava era aplicar melhor do que no ano passado na final."
Sobre o jogo, Nole pontuou: "O início da partida foi parecido com o do ano passado, mas consegui me recuperar ainda no primeiro set. Mesmo tendo perdido por 6/3, encontrei meu jogo. Comecei com 'break' no segundo e as coisas já estavam bem melhores para mim. Achei meu saque, eu acho, quando estava indo 'quebrar' no quarto set. Não tinha começado bem ali. No geral, o saque não estava sendo uma grande arma para mim nesta partida. Eu esperava conseguir mais pontos grátis com o primeiro saque do que consegui. Não foi isso até o quarto set. Quando eu estava perdendo por 2 a 0, cliquei e o saque começou a funcionar. Ganhei seis games consecutivos depois, em grande parte graças ao nível de saque que me deu muitos pontos gratuitos."