Após bater com certa tranquilidade o australiano Alexei Popyrin, o espanhol Rafael Nadal conversou com jornalistas e falou do "saque de canhão" do rival, para além de evitar falar de Roland Garros e mesmo das reclamações dos colegas sobre a pandemia.
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Nadal elogiou a potencia do saque do rival e pontuou que diante de uma quadra de saibro mais rápida como Madri e em condições secas fez !o correto para se manter no jogo" e se disse satisfeito com isso.
Ao ser questionado sobre como se para Roland Garros, o espanhol não gostou muito da pergunta: "Estou em Madri e sempre digo o mesmo: não penso em Roland Garros quando estou em Madri, jogo com o que tenho a cada dia, dia após dia tento ser melhor, há vezes em que as coisas vão bem e outras não. Não acredito em processos de preparação para uma coisa em particular, acredito em trabalho diário, em objetivos a curto, médio e longo prazo. A curto prazo Madri. Hoje, estou feliz com a posição (ranking) que estou tendo competido tão pouco no ano. Cada vez os jogos bons são mais regulares, cada vez me sinto com mais confiança e essa é a chave. O fato de jogar e ganhar jogos te dá confiança e te faz saber que dará este nível no mínimo. Estou no caminho, não tenho reclamações do meu jogo e acho que dei um passo adiante".
Rafa foi perguntado também sobre a questão de estar na bolha sanitária em Madri e revelou que o que lhe faz falta é o contato com as pessoas: "Pessoas da minha família veem aos meus jogos, mas eu não posso estar com ele", pontuou ele que ressaltou que a rotina diária padrão dos tenistas que inclui saídas para jantar e algumas horas para descansar do clima do tênis não existe mais nestas bolas, mas não podem reclamar: "Estamos em bons hotéis e podemos trabalhar".
Ao ser questionado sobre o fato de diversos tenistas dizerem que estão "desmotivados" a competir num circuito com bolha sanitária e inúmeras restrições que vão desde deslocamento até premiação financeira, Rafa pontuou que não queira "se meter neste tema" e destacou que "todo mundo tem o direito de dizer o que pensa", ressaltando que muitos dos "tops" reclamam por ter status de melhores, seja por questão de talento seja pelo trabalho de desenvolvimento realizado, mas pontuou que as coisas, pra ele, não deve ser analisadas do próprio prisma.
"Tivemos um ano muito difícil em todos os sentidos e é normal que as pessoas percam a motivação e que estejam cansadas. Não quero focar nas coisas a partir do meu ponto de vista, tive a capacidade de decidir jogar menos ou mais e o fato de não ter a obrigação de jogar e se isolar é complicada, essa vida difícil não é comparável com a realidade que muitas famílias viveram em todo o mundo, mas é preciso tentar transmitir outra coisa quando há tanta gente no mundo passando dificuldades a nível de saúde, trabalho, empresas fechando, a realidade é que o ser humano tem a capacidade de se preocupar, mas apenas se abrir seus olhos. Olhando nosso entorno, nosso mundo não é perfeito, mas comparando com a maioria é sim e temos que estar agradecidos a vida por isso", finalizou.