O francês Jo-Wilfried Tsonga foi o convidado especial do programa Dip Talk, da Eurosports francesa, que tem apresentação do ex-tenista e medalhista olímpico de bronze em Sidney 2000, Arnaud Di Pasquale, e fez revelações curiosas.
Questionado sobre ser um jogador da geração do Big 3 (Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic), Tsonga confessou: "Pra dizer a verdade, eu teria adorado que esses três nem existissem" e explicou: "Quando você está na elite ano após ano e vê que podes chegar ao top 5, mas dali você não passar adiante, você se pergunta onde teria chegado se não tivesse coincidido com eles. Eu também preciso dizer que é um orgulho muito grande enfrentar o Big 3. Poder entender que se jogou contra eles e até conseguiu algumas vitórias, é algo único".
Tsonga é dos atletas que pode dizer que venceu os três maiores tenistas da história recente do esporte. De Federer venceu 6 de 18 confrontos; de Nadal foram 4 em 14 encontros; já contra Djokovic 6 vitórias em 23 duelos.
"Tiveram situações em que eu me sentia bem em quadra, ganhava o jogo de oitavas de final e aí olhava pra chave e era meio impossível não ficar desanimado", confessou e seguiu: "Nas quartas de final eu enfrentaria um deles, e o mais provável que aconteceria se eu ganhasse era jogar a semi contra outro deles e aí na final teria o terceiro pela frente. Nessas horas você diz a si mesmo: 'se você sair campeão, será um milagre'".
O milagre da carreira do ex-top 6 veio em 2014, na edição do Masters do Canadá, onde conquistou seu único título neste nível e na campanha venceu Djokovic nas oitavas de final e Federer, este na grande final, tendo inclusive superado o escocês Andy Murray em grande fase nas quartas. Daquela campanha, uma lembrança um pouco ingrata: "Depois da final contra Roger me sentia totalmente exausto. Me lembro de que fui ao banheiro e comecei a urinar sangue. Fiquei assustado e chamei o médico, que me explicou que era por conta da fatiga e tensão extremas haviam se rompido difras musculares e meu corpo as estava expulsando através da urina. Nunca vou me esquecer daquilo e de todas batalhas que tive contra o Big3. Foi um orgulho enorme enfrentá-los", pontuou o francês de 35 anos que luta contra lesões.