Luisa Stefani (Tennis Warehouse), número 1 do Brasil e 33ª do mundo nas duplas, alcançou, nesta terça-feira, vaga na final do WTA 500 de Abu Dhabi, nos Emirados Árabes, evento que abre a temporada com premiação de US$ 565 mil.
A paulistana, que atua com a americana Hayley Carter, derrotou a dupla da russa Vera Zvonareva e a alemã Laura Siegmund, campeãs do US Open ano passado, por 7/5 1/6 10/8 e vão disputar seu maior troféu nesta quarta-feira em torno das 6h30, 7h (logo após a final de simples que começa às 5h) com transmissão da ESPN App e Watch ESPN para o Brasil.
"Foi um jogo bem duro, parelho. Partida de xadrez, bem tática. Primeiro set perdíamos de 3/5, ali foram nossos melhores games na partida onde jogamos muito bem, bem taticamente, executando o que queríamos. Demos uma caída no segundo set, elas foram bem, mesmo assim partida estava parelha. No super tie-break voltamos com energia. Teve uma confusão ali de quem sacava, mas sabíamos o que tínhamos que fazer, elas foram inteligentes também. Foi um jogo difícil, na quadra central que é mais lenta , bola quica um pouco mais ,ótima vitória. As meninas, querendo ou não, ganharam o US Open, jogam muito bem simples como duplas , experientes. Muito feliz de chegar na primeira final nesse primeiro torneio do ano, mostra o trabalho que fizemos na pré-temporada. Pré-temporada bem diferente pra mim,bastante crédito para a equipe do Instituto Tênis no Brasil, o Rafa, o Paulão, o Urso,e claro a academia Saddlebrook que me apoiou, mandou treino mesmo de longe. Conjunto de coisas que ajudaram a ir bem nessa primeira semana. Mas ainda tem mais um jogo pela frente. Vamos buscar fechar com chave de ouro", descreveu Stefani que tem sua base na Saddlebrook Academy, na Flórida, mas fez a pré-temporada em São Paulo.
Stefani e Carter enfrentam as japonesas Shuko Ayoama e Ena Shibahara, dupla que venceram no US Open, mas perderam em Roland Garros.
Será a sexta final de Stefani na carreira. Ela foi campeã nos WTAs de Taskent, no Uzbequistão, em 2019, em Lexington, nos Estados Unidos, em agosto passado, ambos com Carter. Foi vice em Seul, na Coreia do Sul, em 2019, em Estrasburgo, na França, também com Carter e vice e Ostrava, na República Tcheca, (com a canadene Gabriela Dabrowski) em 2020.
Pelo resultado, Stefani garante entrada no top 30 com a 30ª colocação e se tornará a primeira brasileira na história no grupo desde que o ranking feminino foi criado em 1975 (Niege Dias foi 31ª em simples em dezembro de 1988). É bom lembrar que Maria Esther Bueno foi considerada número 1 do mundo, mas na época não existia um ranking oficial.
"Show alcançar o top 30 pela primeira vez. Sempre acredito que o ranking é uma consequência dos resultados e resultados vêm com o treino e trabalho duro. É mais um passo no caminho certo, mais um degrau onde quero chegar que são as Olimpíadas, então acho que o mais gratificante é ver a melhora, o trabalho dando frutos. E acreditar no jogo em si que o ranking virá como consequência. Bem legal começar o ano assim com uma final e o pé direito", seguiu Luisa.