Em meio a convulsão social com protestos por toda Belarus contra o presidente Aleksandr Lukashenko, a décima da WTA, Aryna Sabalenka, ganha destaque 'negativo' junto à opinião pública local ao demonstrar apoio ao presidente, que está em seu sexto mandato.
Aleksandr Lukashenko é presidente da ex-república soviética desde a independência em 1994 e de acordo com a oposição do país e órgãos independentes do ocidente teria fraudado as eleições do último mês de agosto para assumir seu sexto mandato, o que gerou uma onda de protestos pelo país, liderados não apenas pela oposição, como por organizações de profissionais da saúde e o grupo de mulheres - principal força opositora a seu governo, que tem na política e ativista social Svetlana Tikhanovskaya sua líder, que está exilada na Lituânia e de lá convoca os protestos que já fizeram 327 presos políticos no país, apontam organizações de direitos humanos estrangeiras.
Neste cenário, Sabalenka é um dos principais nomes do país a assinarem uma carta em apoio a Lukashenko. A carta teria 2.103 assinaturas de atletas do país, e foi publicada, de acordo com jornal local Tribuna, no site da associação de atletas.
A imprensa local acredita que o movimento tem por objetivo "proteger" a comitiva olímpica do país. O público, por si só, não poupou nenhum dos nomes presentes à lista, que inclui ex-atletas como o meio campista Yevgeniy Yelezarenko, que precisou ir à público negar a assinatura do documento.
Sabelanka, por sua vez, ainda não se pronunciou. A tenista tem sido alvo nas redes sociais do país, por ter "tomado atitudes pró Lukashenko" ao tecer comentários considerados "críticas" sobre os protestos.
Sabalenka está na mira dos críticos ao regime, tal como a ex-número 1 do mundo, Victoria Azareka, que preferiu não se pronunciar em momento algum a respeito da situação de sua nação. Residente nos Estados Unidos, Azarenka sempre se recusou a responder perguntas de jornalistas sobre o tema das eleições e protestos em Belarus.