Após conquistar seu 13º título de Roland Garros, que configurou seu 20 troféu do Grand Slam, o espanhol Rafael Nadal concedeu uma longa entrevista ao site da ATP, na qual se reconhece como uma dos maiores tenistas da história.
Nadal conversou sobre as condições climáticas e técnicas diferentes, que enfrentou nesta edição de Roland Garros e as apontou como "as mais adversas", que já enfrentou em Paris. Para além das condições de jogo, Rafa lembrou da situação do isolamento social do torneio, a ausência de grande público e principalmente a prévia da temporada, sem disputa de torneios em razão da pandemia da COVID-19.
O espanhol ainda comentou que não chega em Paris com a certeza de que irá vencer o torneio a cada novo ano."Chego todos os anos empolgado com a possibilidade de vencer, mas sabendo que a lógica maior é não vencer. Ganhar não é normal e eu estive sempre ciente disso", ressaltou.
Rafa foi questionado se está "impressionado" com as respostas que tem recebido após sua conquista em Paris: "Não sei como tem sido porque mal tive a chance de olhar para alguma coisa (redes sociais). A nível esportivo, é claro que conquistei algo significativo: vencer um dos torneios mais importantes do mundo pela 13ª vez e igualar [Roger] Federer com 20 [Slams]. Já falam sobre isso há muito tempo, principalmente vocês jornalistas. Eu consegui igualar um recorde que parecia impossível", confessou.
Questionado que se agora é possível afirmar que ele é um dos melhores da história do tênis, Rafael Nadal ponderou: "Os números devem ser analisados por pessoas que tenham bons conhecimentos da história do tênis. Honestamente, não importa muito para mim. Estou feliz com minha carreira. No momento, está claro que sou um dos dois [melhores]. Veremos o que acontecerá nos próximos anos: o que [Novak] Djokovic fará, o que Federer fará quando ele retornar e o que eu continuarei fazendo. Se tudo correr bem, teremos tempo para analisá-lo quando nossas carreiras terminarem".