O canadense Vasek Pospisil, número 74 do mundo, reclamou muito da bolha de Roland Garros em Paris e a comparou com a do US Open realizado no fim de agosto e começo de setembro. O tenista foi eliminado de simples por Mateo Berrettini nesta terça-feira.
"Quando finalizar minha participação nas duplas, vou sair daqui da bolha porque o que prepararam aqui não é nada bom para nós. Mentalmente não é nada fácil estar nessa bolha. Quando tiver a oportunidade de sair daquim o farei. Todo o trabalho que possa fazer para a PTPA o farei fora da bolha, foi muito difícil fazer algo nesse evento", disse um dos líderes da nova associação de tenistas junto com Novak Djokovic.
"A bolha aqui é muito pior que a dos Estados Unidos. O hotel que nós jogadores estamos não é nada confortável, não temos nada. Senti que por parte do US Open houve um esforço maior para que os jogadores nos sentíssemos cômodos. Quase todos os jogadores com o que falei compartilam essa opinião. Não é fácil estar metido na bolhah e tampouco quer estar nas instalações todo o dia em Roland Garros pois é um ambiente estressante com todos os jogadores ao redor e você quer sair o quanto antes e o único lugar que se pode ir é o hotel".
"Não sei qual o motivo disso tudo, se talvez não tiveram tempo suficiente para tratar de fazer que os jogadores se sentissem confortáveis porque há alguns que estarão duas até três semanas na bolha. Simplesmente creio que o US Open fez um trabalho muito melhor. Havia uma zona de jogos para os jogadores, zona ao ar livre onde podia descansar, havia food trucks.".
Pospisil comentou se os jogadores da PTPA podem reclamar sobre a questão das bolas do torneio que vêm recendo muitas reclamações: "Agora mesmo os jogadores não têm voz. Talvez sim ajudaria, jogadores têm que ter algum tipo de participação, é seguro, porque mudar as bolas cada semana ou duas semanas não é fácil para seu corpo. Eu tive alguns problemas nos punhos e nos ombros por mudanças rápidas de bola durante os últimos anos. Esta semana é um bom exemplo. É algo que o PTPA poderia dar algum aporte. Nós agora não temos nem voz e nem voto sobre as bolas".