Os atletas que treinam na ADK Tennis/Itamirim Clube de Campo em parceria com a CBT também comentaram sobre o retorno do circuito masculino programado para 17 de agosto. Todos foram unânimes em afirmar a expectativa e questões de logística.
Por enquanto o Brasil está com fronteiras fechadas com os Estados Unidos e Europa, os dois locais com eventos marcados de ATPs e eventos médio porte dos challengers.
Monteiro tem programado competir nos ATPs de Washington, Cincinnati e o US Open a partir de 17 de agosto, mas ainda aguarda confirmação.
"Temos essa questão das fronteiras, a ATP está tentando providenciar autorização para ir aos Estados Unidos e Europa, mas com os casos aumentando nos EUA já não sei como proceder. Acredito que em uma semana ou duas já devem ter um posicionamento, depende da segurança e agora com o formato do ranking divulgado, não sei se as estrelas que ajudam o torneio a acontecer estão a favor da realização do torneio do US Open, é algo que precisamos esperar, então estou na expectativa. Pra mim seria importante disputar esses torneios por estar parado há um bom tempo, questão financeira de poder bancar a equipe, meus treinadores, preparador física. Sem entrada financeira fica complicado de manter. E também fica complicado fazer calendário. Tem ainda um certo receio, não da organização do torneio, mas sim outras coisas como abertura de fronteiras, ter ou não que fazer quarentena".
Menezes também aguarda ansioso pela resolução das barreiras sanitárias para poder disputar os eventos challenger que teve calendário divulgado há pouco mais de uma semana com eventos em território americano e na Europa.
."Liberaram o calendário dos challengers, mas não conseguimos viajar por conta das barreiras sanitárias. Não consigo viajar para nenhum torneio seja EUA ou Europa hoje. A ATP está tentando solucionar isso, mas também existe uma possibilidade de começar o calendário e que não possamos viajar. Isso é real. Temos que ficar no aguardo", disse Menezes: "A intenção da ATP de travar o ranking protege quem não vai poder viajar e temos que entender que o esporte precisa ir voltando aos poucos. Se for esperar condições ideais para todo mundo voltar como era antes, será complicado. Sempre terá um lugar melhor, outro pior, um ou outro que não poderá viajar e aí ficamos na dependência da vacina e não sabemos quando ela vai sair".
Orlandinho está na mesma situação de Menezes: "Tenho receio de retornar. Uma chave com 32, 48 jogadores, o que seja, todos vão passar por aeroportos, é muito fácil de ser contaminado, então não sei quais seriam as medidas com jogador positivo, não sei quais serão as medidas, se cancela o torneio, ou só o jogador é desclassificado. Vejo muito difícil voltarem os torneios, mas se voltarem, vejo complicado para nós brasileiros uma vez que não podemos viajar para Europa e EUA. Essa volta não está nos beneficiando em nada na questão saúde e nem para nós brasileiros que por enquanto não poderíamos voltar e não teríamos a chance de subir no ranking. Mesmo travado o ranking sem perder pontos, não teríamos a chance de subir", afirmou o gaúcho de Carazinho: "Se voltasse agora em agosto e pudesse voltar, eu viajaria obviamente, teria que voltar para fazer resultados. Vamos ver o que acontece. Espero que eles (entidades) dêem um jeito, com alguma carta para nos autorizar, algo assim".