O chileno Marcelo Ríos, primeiro sul-americano a chegar ao número 1 do tênis profissional em 1998, revelou o que o motivou a chegar ao topo da ATP, em live realizada com Álex Rossi, ex-dirigente da federação chilena. As frases do ex-tenista foram apontadas pelo site Septimo Game.
"Minha primeira meta era tirar [Pete] Sampras, com quem meu santo não batia. Meu agente era o mesmo dele e eu não gostava dele, por isso nunca falei com ele, mesmo sendo os dois da IMG. A graça é que eu joguei contra ele em Roland Garros no juvenil. Eu sabia que se ganhasse Indian Wells seria número 3 e se ganhasse Miami era número 1. Como eu fiz isso? Não faço ideia!", revelou.
“Ganhei Indian Wells e começo a me aproximar. O que eu pensada era que Sapras tinha que perder nas semifinais ou quartas e eu tinha que ganhar. Sampras caiu na terceira (rodada) contra [Wayne] Ferreira, mas eu tinha uma chave duríssima com [Tim] Henman, [Mark] Philippoussis, [Tommy] Haas, [Andre] Agassi na final, então eu nem pensei que ficaria com o número 1”, seguiu contando.
“Chega a final e eu não vou mentir, para todos [Agassi] foi um grande referencial e ter de enfrentá-lo para ser número 1, ali começou a me dar um pouco de ansiedade e medo do que iria acontecer”, surpreendeu o chileno.
"Venci Agassi, virei número 1, todos me criticam porque parecia que eu tinha vencido um torneio qualquer, não me taquei no chão, nem nada, o que mais fiz foi bater com a raquete. Isso, não sei se disse ao meu pai ou ao cara que dirigia meu carro, que quando chegasse o número 1 me aposentaria do tênis. Estive a um minuto de dizer isso na coletiva de imprensa. Não era de soberba, eu queria aquilo. Eu falei com meu agente: 'Cara, quero me aposentar'. Eu tinha 21 anos. E ele me disse: "Você tá louco, agora é que começam os contratos, o dinheiros, as coisas todas’. Pensei friamente e disse: "Que merda eu farei depois?? – Terei de ir fazer uma faculdade". Hoje eu estaria de quarentena no Bando do Estado, sei lá, não sei o que estaria fazendo", opinou.