O tio, ex-treinador e sócio de Rafael Nadal em sua academia de tênis, Toni Nadal saiu em defesa do direito do sobrinho em expor suas opiniões a respeito da situação política da Espanha em entrevista ao programa El Larguero, da rádio espanhola Cadena SER.
"Eu não entendo porque uma pessoa que paga seus impostos não pode opinar da situação em que está seu país. Eu simplesmente não entendo. Pra mim é lógico que todo mundo tenha o direito de opinar e não que por se chamar Rafa Nadal não possa opinar", disparou o treinador.
Toni contou que não leu as críticas feitas ao sobrinho em redes sociais: "Sempre tem aquele povo disposto a dizer qualquer barbaridade. Pessoas que não sabem o que significa fascismo. Se as pessoas estudassem um pouco. Cada um que opine como quiser. Depois, olha, melhor se ler um livro e ver o que é fascismo e o que não é. É fácil por adjetivos nas pessoas. Quando você se expressa, é preciso ter conhecimento das coisas", pontuou duramente.
Perguntado se Rafa gosta, na vida particular, conversar sobre política, Toni revelou: "Sim. Qualquer cidadão gosta de comentar o que acontece em seu país, essa é a coisa mais normal do mundo".
Toni Nadal foi questionado se concorda com o sobrinho a respeito de sua posição política e determinou: "Eu acredito que fizeram algumas coisas ruins, faltou [mais trabalho]. Porém, que a situação não era fácil? Eu também tenho isso muito claro, não foi fácil em lugar nenhum", pontuou ele criticando algumas decisões, como do partido local Vox que convocou uma manifestação em 1º de maio, causando aglomerações pelo país.
"Eu, certa vez, li Pablo Iglesias [deputado federal na Espanha pelo partido de esquerda Podemos] não sei exatamente como dizia, mas era algo que significava; 'na política não se pede perdão, se renuncia', mas eu não vejo razão pra isso. Na política, como em qualquer âmbito da vida, se comete erros, os assume, se pede perdão, e se os outros aceitam, bola pra frente", asseverou o treinador.
Ouça, em espanhol, a entrevista completa de Toni Nadal: