A WTA anunciou que flexibilizará ainda mais a regra de participação dos treinadores durante as partidas e passará, já em fevereiro, a permitir a realização de "coaching" [orientação dada durante o jogo]a partir da arquibancada.
A decisão foi tomada um ano e meio após uma das mais contraditórias finais de Grand Slam da história, na qual aplicando a regra o árbitro português Carlos Ramos advertiu a norte-americana Serena Williams por receber 'coaching' do treinador francês Patrick Mouratoglou e se irritar a ponto de chamar o árbitro de "ladrão". As punições para a norte-americana foram aumentando até que ela acabou perdendo um game inteiro.
"O novo teste permitirá que os treinadores orientem seus jogadores da forma que estão treinando atualmente, sem serem penalizados", disse a WTA em entrevista à ESPN.com. "Qualquer palavra de incentivo ou algumas palavras quando a jogadora estiver do seu lado da quadra ou mesmo gestos com as mãos, tipos de 'coaching' agora serão permitidos desde o box das atletas", seguiu.
A WTA informou que a regra passa a valer já após o Australian Open, durante a disputa do WTA Premier de Dubai, nos Emirados Árabes Unidos e será permitido em todos os torneios do circuito. Vale ressaltar que em Grand Slams a regra vigorante é a da Federação Internacional de Tênis (ITF), que não permite nenhum tipo de comunicação entre atleta e treinador durante o jogo.
A WTA é a única liga do tênis a já permitir o chamamento do treinador em uma oportunidade à quadra, no intervalo de sets, sempre a pedido da atleta. A Associação das Tenistas Profissionais argumenta que a nova regra se fez necessária pela dificuldade em "regular" o comportamento de treinadores e atletas.