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Presidente da federação espanhola: 'ATP Cup aprofunda divisão no tênis'

Sexta, 03 de janeiro 2020 às 08:05:00 AMT

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Tênis Profissional

A pouco, o presidente da Real Federação Espanhola de Tênis (RFET), Miguel Díaz Roman, divulgou um comunicado no qual critica a realização da ATP Cup, "um mês" após a realização da Copa Davis em Madri.



A posição do mandatário da RFET desde 2016 deixa ainda mais clara a divisão entre os comandos nacionais do tênis na figura máxima da Federação Internacional de Tênis (ITF) e a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP), que gere a liga profissional.

Confira o comunicado na íntegra, que foi publicado no site da entidade.

"A nova competição “ATP CUP” certamente ajudará em uma promoção do nosso esporte, mas não é compreensível que um mês após as finais Copa Davis (Davis Cup Finals) de Madri se realize uma nova competição no mesmo formato e com os mesmos jogadores. Desde a minha chegada à presidência da RFET, no verão (do hemisfério norte) de 2016, tenho buscado a união e a concordância de todas as instâncias que formam o tênis, isso também é uma parte do êxito de uma gestão.

A ATP tem liderado de forma brilhante o circuito em todo o mundo, que é o principal sustento econômico dos jogadores profissionais. Tanto que em nosso país temos dois torneios de muito sucesso, que são uma marca no nosso esporte, o Troféu Conde de Godó [ATP 500 de Barcelona]  e o Mutua Madrid Open, um dos nove torneios de categoria Masters 1000 de todo o mundo com chaves masculina e feminina. Sem dúvida, considero que a celebração da "ATP Cup" é algo que aprofunda uma divisão que não devemos permitir. Os valores que nosso esporte e as instituições que o representam deveriam estar acima de tudo. Os jogadores, com um calendário muito carregado, se vêm "obrigados" a atender compromissos muito similares em pouco tempo. A quem isso beneficia? Eu acredito que a ninguém e em certo modo desprestigia em algo as duas competições. Uma reflexão: a representação de uma país em uma competição internacional oficial é dos governos, estes representados pelas federações de tênis de casa nação. A falta de entendimento poderia colocar em perigo o desenvolvimento dos jovens talentos amparados pelas ajudas das federações. ITF e ATP devem se unir já, conversar e unificar-se para engrandecer o tênis. Todos sairemos ganhando. É minha opinião e acredito que de 90%da família do tênis mundial".

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