Uma grande parte dos atletas de maior sucesso em suas modalidades garantem que uma das coisas mais difíceis é gerir a pressão de ser favorito. Muitas vezes, receber conselhos de pessoas mais experientes pode fazer toda a diferença em lidar com essas situações.
Diante disso, a veterana australiana Samantha Stosur, campeã do US Open em simples em 2011 e dona de outros três títulos de Slam em duplas, conversou com o jornal ‘TheAge’ e deixou alguns conselhos para sua conterrânea e atual número 1 do mundo, Ashleigh Barty.
“Definitivamente não é fácil gerir essa sensação de pressão. O que senti imediatamente após vencer o US Open foi que na temporada seguinte toda a atenção estaria voltada para o que eu faria no Australian Open. Sempre tive problemas com o início de cada ano e não me sentia cômoda nesse momento dentro nem fora de quadra. O fato de não ter ido bem em edições anteriores do torneio pesava e me gerava insegurança, algo que talvez não aconteça com Barty. Ela já mostrou que pode jogar bem na Austrália, fez quartas e logo em seguida venceu em Paris. Ninguém esperava por isso”.
“Ser número 1 do mundo faz com que tudo seja diferente e que as expectativas se desvirtuem um pouco. O melhor é ela ser uma pessoa discreta, com os pés no chão e que sabe ouvir conselhos. Precisa pensar apenas em si mesma e ter a capacidade de se negar a participar de atos promocionais, acordos de patrocinadores e todas as essas coisas que dispersam a concentração. Deve tentar se isolar de todo o ruído da fama e pensar apenas em seu tênis. É muito jovem e tem capacidade de sobra para fazer história neste esporte”, garantiu.