Por Marden Diller - Dando prosseguimento à retrospetiva 2019, chegamos aos meses de julho e agosto, onde tivemos o torneio de Wimbledon e grande parte da gira norte-americana de quadras rápidas. Na grama sagrada, Roger Federer bateu na trave de mais um Slam.
A juventude surpreende o mundo na grama
O mês de julho começou já pegando fogo com a vitória impressionante da jovem norte-americana Coco Gauff sobre Venus Williams ainda na estreia do torneio de Wimbledon. Na chave masculina, o canadense Felix Auger-Aliassime, que iniciou o ano fora do top 100, aparecia como um dos principais cabeças de chave. No lado brasileiro, Bia Maia conquistou a grande vitória sobre Garbine Muguruza, campeã de 2017, também na estreia no torneio.
Novas polêmicas no alto escalão das entidades do tênis
Enquanto apoiava cegamente o norte-americano Justin Gimelstob para a diretoria da ATP, o sérvio Novak Djokovic se envolveu em um severo bate-boca com um jornalista que o indagou sobre as acusações de agressão enfrentadas por Gimelstob. Enquanto isso, na ITF, o presidente candidato à reeleição, David Haggerty, era acusado de tomar ações que prejudicavam os demais aspirantes ao cargo.
O adeus
O torneio de Wimbledon 2019 foi marcado pelo adeus a um dos mais carismáticos tenistas da última década, o cipriota Marcos Baghdatis, que foi superado pelo italiano Matteo Berrettini na segunda rodada do torneio. Relembre a carreira vitoriosa de Baghdatis!
FeDal na grama
Embora muitos desejassem esse embate na decisão do torneio, Roger Federer e Rafael Nadal se enfrentaram ainda na semifinal de Wimbledon. O suíço saiu com a vitória por 3x1, seu primeiro triunfo diante do espanhol na grama em 11 anos — mais precisamente desde a decisão da edição 2007 do evento britânico.
O 21º Grand Slam que escapou por um ponto e a redenção de Halep
No sábado final de Wimbledon a romena Simona Halep entrava em quadra para buscar seu segundo título de Grand Slam da carreira contra a norte-americana Serena Williams, dona de 23 títulos e pentacampeã na grama inglesa. Os números, no entanto, não incomodaram a romena, que saiu vitoriosa após apenas 56 minutos de partida.
Na grande final da chave masculina, como era esperado, Roger Federer e Novak Djokovic disputaram uma partida épica de cinco sets. Pela primeira vez, a regra do tie-break no 12º game do quinto set foi utilizada, e isso apenas aconteceu pois o suíço teve dois match-points no 8/7 da última parcial e, afobado, acabou perdendo ambos.
Djokovic saiu de Londres com o pentacampeonato na grama sagrada de Wimbledon, em uma partida que o mesmo julgou ter sido a mais desgastante de sua carreira.
Escândalo no tênis brasileiro
Após conquistar um grande resultado no torneio de Wimbledon, ainda no mês de julho, a paulista Bia Maia foi suspensa pela ITF após testar positivo em um exame antidoping para a substância SARM. Posteriormente, a contraprova solicitada pela defesa da tenista também testou positiva para a substância.
O Pan-Americano de Lima foi pintado de verde e amarelo
Enquanto o austríaco Dominic Thiem anunciava que não disputaria as Olimpíadas de Tóquio em 2020, a delegação brasileira fazia uma ótima campanha nos Jogos Pan-Americanos de Lima, no Peru.
Nas duplas femininas, as brasileiras Carol Meligeni e Luisa Stefani vinham fazendo um grande evento e foram superadas na semifinal. No entanto, conseguiram dar a volta por cima e conquistar a medalha de bronze.
Na chave masculina, o mineiro João Menezes fez a festa da torcida brasileira presente e ficou com a medalha de ouro, além da vaga nas Olimpíadas de Tóquio, em 2020.
O início do show de Medvedev e os problemas de Tsitsipas
Um dos assuntos mais comentados durante o ATP 500 de Washington foram os cadarços dos tênis do grego Stefanos Tsitsipas, que quebraram em diversas partidas ao longo da semana, provocando paralizações nas partidas, o que levou o tenista a ser acusado de fazer de propósito.
A final do ATP 500 de Washington acabou sendo vencida pelo australiano Nick Kyrgios por 2x0, no entanto ela foi a primeira grande conquista do russo Daniil Medvedev em seu brilhante segundo semestre.
Grandes momentos decisivos no Canadá
Empurrada pela torcida local e tendo conquistado já o título do WTA de Indian Wells, a canadense Bianca Andreescu fez uma grande corrida até a decisão do torneio de Toronto, onde viu Serena Williams desistir da partida após apenas 19 minutos e conquistou seu primeiro título em casa e a entrada no top 20.
Na chave masculina, Medvedev fazia sua segunda decisão consecutiva após uma grande campanha. No entanto, em seu caminho estava um motivado Rafael Nadal, que acabou ficando com o pentacampeonato e ampliando seu recorde de 35 títulos de Masters 1000.
Após o título, o espanhol anunciou sua desistência de Cincinnati e, após 14 anos de namoro, anunciou seu casamento com a também espanhola Maria Francisca Perello para o mês de novembro.
Kyrgios perde a cabeça em Cincinnati
Seguindo na América do Norte, durante o Masters 1000 de Cincinnati, o australiano Nick Kyrgios teve mais um de seus episódios de descontrole e aprontou das suas. Discutiu com o árbitro, quebrou raquetes no vestiário e acabou derrotado. Após a partida, seu adversário, Karen Khachanov, criticou suas posturas. As ações renderam R$ 400 mil em multas para o tenista.
Russos dominam Cincinnatti e Medvedev fatura o primeiro Masters
Disputando seu primeiro torneio desde o vice em Wimbledon, o suíço Roger Federer não teve muita sorte em Cincinnati, sendo derrotado nas oitavas de final pelo russo Andrey Rublev.
Rublev cruzou com o embalado Daniil Medvedev nas quartas e não conseguiu demonstrar resistência alguma.
Na rodada seguinte, o russo repetiu o resultado de Montreal contra o sério Novak Djokovic e anotou sua terceira final consecutiva.
O desafio final foi contra o belga David Goffin, que acabou facilmente superado, dando ao russo seu primeiro título de Masters 1000 da carreira.
ATP demite árbitro argentino
Durante os primeiros dias do US Open, a ATP divulgou a demissão do árbitro argentino Damian Steiner, responsável por conduzir a épica final do torneio de Wimbledon entre Federer e Djokovic em 2019. A justificativa da entidade foi o fato de Steiner ter concedido entrevistas sem a permissão da ATP, o que é proibido no regulamento da entidade.