O trabalho duro e a persistência finalmente se pagaram. Após duas cirurgias no quadril e uma quase aposentadoria, o britânico Andy Murray superou uma batalha física e emocional para conquistar o ATP 250 da Antuérpia, na Bélgica.
Quase três anos após sua última conquista e última decisão, que veio no torneio de Dubai em 2017, Andy Murray superou uma lesão grave no quadril — a mesma que aposentou Gustavo Kuerten — e após duas cirurgias batalhou por 2h27 contra o suíço Stan Wawrinka para garantir a vitória por 3/6 6/4 6/4.
A luta de Murray se iniciou no torneio de Wimbledon ainda em 2017. Após meses parado, o tenista esboçou um retorno em 2018, mas sem sucesso. Novamente retornou à recuperação, evitando ao máximo a intervenção cirúrgica, que quase sempre significa o fim da carreira.
Após o Australian Open 2019, no entanto, as dores e as limitações físicas até mesmo fora de quadra forçaram o procedimento. O tom era de adeus. Pouco depois da primeira cirurgia, que não foi o sucesso esperado, Murray submeteu-se à segunda, que era a última opção.
Meses depois, retornou ao circuito conquistando o título em duplas no ATP 500 de Queen’s, ao lado de Feliciano Lopez. Surpreendendo novamente a todos, optou por voltar ao circuito de simples poucos meses depois, até que finalmente sua persistência foi paga neste domingo.
A conquista de número 46 na carreira do britânico, considerada até pequena para alguém que possui duas medalhas de ouro Olímpicas, o arremessará no ranking, colocando-o na 127ª posição nesta segunda-feira.