O ex-número 1 e atual diretor geral de tênis da Federação Australiana, Patrick Rafter concedeu entrevista ao jornal The Age, após o sorteio dos grupos da ATP Cup e revelou achar estranho que o compatriota Nick Kyrgios não tenha sido sancionado.
O histórico de Kyrgios é bastante grande em termos de atitude antidesportivas em quadra, que lhe geraram inúmeras multas, a mais recente em US$ 167 mil dólares por ter cuspido no árbitro de cadeira, o irlandês Fergus Murphy, de sua partida em Cincinnati. O australiano comentou o alto valor de sua multa já no US Open, acusando a ATP de ser corrupta e se retratou via Twitter.
Questionado sobre uma sanção a Kyrgios, Rafter foi bastante claro: "Eu não entendo porque isso não aconteceu. Há claramente algo a mais por trás disso. Eu não sei. No papel está claro que ele deveria ser suspenso, pra mim", opinou o ex-capitão australiano na Copa Davis.
Talentoso, Kyrgios atrai o público e Rafter concorda com isso: "Essa é a outra coisa. Ele atrai o público. Mas em que estágio você diz que o público é mais importante? Ou você está tentando manter um certo padrão ou protocolo para os jogadores aderirem".
Para Patrick Rafter, até a participação de Kyrgios, atual número 1 do país, na ATP Cup pode ficar comprometida, pois além de se inscrever para o torneio, os atletas precisam ser convocados por seus capitães. Lleyton Hewitt, atual capitão australiano, disse em entrevista coletiva que não se preocupa com a escalação no momento e que convocará o time em 13 de novembro.
A ATP, por sua vez, já tem tanto Kyrgios quanto o jovem Alex De Minaur em todas as publicidades da ATP, que será realizada em três cidades do território australiano [Perth, Brisbane e Sidney] e terá o time anfitrião como convidado.